Coronel e coordenador da ‘Operação Fênix’ informou que uma sala de situação atua monitorando as queimadas ilegais para envio de equipes. Pará registra mais de 11 mil ocorrências de incêndios florestais em 2024, diz Bombeiros
Marcelo Lelis / Agência Pará
O Pará teve mais de 11 mil ocorrências de incêndios florestais em 2024 registradas pelo Corpo de Bombeiros Militar (CBM). Uma sala de situação atua para monitorar os focos. O estado é responsável por quase metade dos incêndios em toda a Amazônia Legal.
O coronel Wagner Silva, coordenador da Operação Fênix dos Bombeiros, disse que a sala de situação criada pelo governo monitora as queimadas ilegais utilizando aplicativos especializados, disponibilizados por plataformas abertas.
“Contamos com técnicos especialistas, tanto na área de combate de incêndios florestais quanto na parte de geografia, geotecnia, processamento de dados e tecnologia da informação, que fazem análises climáticas e ambientais voltadas para as atividades tanto de defesa civil como de resposta a desastres”, explicou.
Segundo o coronel, os agentes utilizando sistemas como BDQueimadas, Plataforma MAIS Brasil, Plataforma FIRMS da Nasa e Painel do Fogo para identificar acontecimentos relacionados a fonte de calor. A partir disso, os Bombeiros conseguem realizar diariamente:
posicionamento de equipes no campo;
monitoramento das ações de resposta com a utilização de ferramentas de geomonitoramento;
monitoramento das condições climáticas e meteorológicas relacionadas à incidência de focos de calor e incêndios florestais.
Fogo na TI Anembé.
Reprodução / redes sociais
Operações
O Corpo de Bombeiros atua em três operações, duas com viés mais preventivo, que são as operações ‘Amazônia Viva’, em parceria com a Secretaria de Estado e Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) e a ‘Curupira’, integrado com outros órgãos do Sistema de Segurança Pública.
Já a ‘Operação Fênix’ tem objetivo de monitorar, combater e dar resposta a incêndios florestais.
Governo atua com sala de situação para monitorar os focos de queimadas ilegais no estado.
Marcelo Lelis / Agência Pará
Somente em 2024, essas ações já envolveram cerca de 700 militares e mais de trinta viaturas, em diferentes fases das ações.
A operação contabiliza a atuação em 77 municípios paraenses, com o registro de mais de 2 mil ocorrências. A operação iniciou a 7ª fase operacional neste mês de novembro.
Área de mata no Acará sofre com queimadas há cinco dias
reprodução
Número de agentes
Em casos de queimadas como na Terra Indígena Anambé, no nordeste do estado, há relatos de que a equipe de Bombeiros havia sido insuficiente diante do tamanho do megaincêndio, que destruiu mais da metade da reserva indígena.
O Ministério Público Federal cobrou providências na TI e órgão também pediu medidas urgentes na Terra Indígena (TI) Munduruku e no Projeto de Desenvolvimento Sustentável (PDS) Terra Nossa, no sudoeste paraense, entre outros.
Sobre isso, o Corpo de Bombeiros informou que formou, em setembro de 2024, 41 especialistas no Curso de Combate a Incêndio Florestal na Amazônia (CCIFA), e ainda, a Instrução de Nivelamento de Conhecimento (INC) Florestal, iniciativas para a qualificação dos profissionais.
Ainda de acordo com o CBM, as capacitações buscaram aprimorar habilidades dos combatentes em operações no ambiente florestal, “fortalecendo a capacidade de resposta a incêndios e aumentando a eficiência dos serviços prestados à população”.