Dupla, um dos maiores ícones da história da música sertaneja, encantou o público no maior rodeio da américa latina, em um show que passa pelas 5 décadas da carreira. Apresentação teve participação de Edson, da dupla com Hudson, e Maurício & Mauri. Chitãozinho e Xororó são reverenciados por arena lotada em Barretos
Se alguém chega perto do que podemos chamar de unanimidade na música sertaneja, esse alguém desembarcou neste sábado (26) na Festa do Peão de Barretos. Chitãozinho & Xororó dispensam apresentações, mas eles fazem questão de apresentar sempre todos os atributos que os colocaram no olimpo do gênero.
Em um show impecável, a dupla reviveu 50 anos no maior rodeio da América Latina, encantou uma arena completamente lotada e foi reverenciada por um público boquiaberto com um festival de sucesso, talento e profissionalismo.
Não há quem não se arrepie com Chitãozinho & Xororó na arena de Barretos. Os cantores são acompanhados por um público que canta a plenos pulmões sem parar e faz o estádio do Parque do Peão tremer da primeira a última canção da apresentação “Por Todos os Tempos”, que homenageia as cinco décadas de carreira da, para muita gente, a maior dupla sertaneja da história. A turnê virou um projeto audiovisual gravado no Radio City, em Nova York.
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O momento de maior catarse não poderia ser outro. “Evidências” se tornou um fenômeno, virou símbolo da cultura nacional, ganhou apelido de hino e foi cantada por cada um que estava na arena. No final, os cantores ajoelharam e deixaram a plateia cantar, sozinha, a canção que virou um dos grandes ícones da música brasileira, em um grande “karaokê”.
A apresentação teve grandes momentos de quebra de protocolo, o que não costuma acontecer no show dos artistas. Em “Alô”, em um grande espetáculo de luzes dos celulares da plateia, Edson, da dupla com Hudson, fez uma participação. Em seguida, Maurício e Mauri, irmãos de Chitãozinho & Xororó, cantaram com eles “O Sistema é Bruto”, “Nascemos para cantar” e “Bailão de Peão”.
Chitãozinho & Xororó abrem última noite de shows da Festa do Peão de Barretos e são reverenciados por arena lotada
Érico Andrade/g1
50 anos de uma carreira irretocável
A dupla subiu ao palco pontualmente às 23h com a introdução, em metais, de “Saudade da Minha Terra”, um grande clássico sertanejo. Sem dar nenhuma pausa, emendaram “60 dias apaixonado”, a primeira canção que deu projeção nacional à dupla, gravada em 1979. Depois dos dois primeiros hits de um show inteiro de sucesso, eles cumprimentaram o público.
“Alô, Barretos, boa noite, que prazer voltar aqui, ver vocês de perto, que multidão, que coisa maravilhosa, ver vocês aqui. Sejam bem-vindos ao nosso show”, disse Chitãozinho.
“É sempre um grande prazer para a gente voltar aqui, ver a moçada do chapéu, quem tá de chapéu levanta e balança. Nós fizemos esse show em Nova York e é o mesmo show que vamos fazer para vocês. É muita música apaixonada”, completou Xororó, pouco antes de iniciar “Página Virada”, lançada originalmente em 1989 e regravada por eles ao lado de Naiara Azevedo em 2021.
Xororó deixa arena cantar sucessos da dupla durante apresentação emocionante na Festa do Peão de Barretos 2023
Érico Andrade/g1
Em seguida, foi a vez de um bloco de canções “bem sertanejas”: “No Rancho Fundo, também de 1989 e sucesso ao ser tema da novela Tieta, da TV Globo, “Coração Sertanejo”, também trilha sonora de novela global em “O Rei do Gado”, em 1996, e “A Majestade, o sabiá”, da famosa versão gravada ao lado do parceiro Jair Rodrigues.
Depois, um dos grandes momentos de explosão do público: “Sinônimos”, lançada em 2005 em parceria com Zé Ramalho e que estourou novamente neste ano com a nova versão em parceria com Ana Castela. A canção faz parte da abertura da atual novela das 21h da Globo, “Terra e Paixão”. Na sequência, mais romantismo com “Eu Menti”.
“Brincar de ser feliz” derrubou a arena já no famoso dedilhado feito por Xororó no violão. Ao terminar a canção, a dupla foi ovacionada, como aconteceu em muitos momentos. Após “Vá pro inferno com seu amor”, mais uma catarse: “Galopeira”, do álbum de estreia que virou sinônimo do que a potência vocal de Xororó é capaz mais uma vez fez a arena em uníssono. O cantor ainda fez o tradicional desafio para a galera puxar o refrão “galopeeeeeeeira” antes dele e gravar tudo.
Chitãozinho durante show emocionante na Festa do Peão de Barretos 2023
Ricardo Nasi/g1
Depois de tomar água, Chitãozinho & Xororó emendaram “Meu Disfarce”, de 1986. Os irmãos de Astorga, mas que moram em Campinas (SP) há 40 anos, tiveram muitas comemorações de 50 anos de carreira, que envolveu a nova turnê, cruzeiro e uma série que estreou no Globoplay na última sexta-feira (18), chamada as “Aventuras de José e Durval”, que conta, em oito episódios, o início da caminhada até o estouro. “Vocês estão assistindo?”, perguntou Xororó à galera.
Estouro esse que veio justamente com a canção que entoaram em seguida. “Fio de Cabelo” catapultou a carreira dos artistas para sempre, em 1982, e até hoje é um dos grandes momentos do show. “Falando às paredes” e “Se Deus me ouvisse” mantiveram a temperatura do show lá em cima, principalmente na hora do “aaaa, aaaa, aaaa” de Xororó.
Depois de “Alô”, com a presença de Edson, a participação de Maurício e Mauri, o espetáculo em “Evidências” encerrou, às 0h30, a apresentação histórica.
Veja fotos do show de Chitãozinho & Xororó na Festa do Peão de Barretos 2023
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Chitãozinho & Xororó repassam 50 anos, são reverenciados em Barretos e fazem ‘maior karaokê do mundo’ em ‘Evidências’
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