Game é evolução franca de ‘Fallen Order’, de 2019, que parecia uma aposta reticente. Herói mais confiante e opções variadas de batalha são melhores novidades. Com uma história leve e personagens mais cativantes, o game “Star Wars Jedi: Survivor” é uma adição digna da franquia espacial – e que supera em todos os aspectos “Fallen Order”, início honesto porém reticente da série de jogos em 2019.
Lançada em 28 de abril para computadores, PlayStation 5 e Xbox Series X/S, a continuação deixa claro que os desenvolvedores aprenderam com as críticas ao antecessor – ou, pelo menos, que seu sucesso se encarregou da hesitação que o faziam parecer quase incompleto.
“Survivor”, por sua vez, conserta o que não deu tão certo antes e expande aquilo que funcionou. O game visita menos mundos, mas os que oferece ao jogador são mais vivos e contêm quebra-cabeças mais desafiadores/divertidos.
O número maior de posturas de luta, com novidades interessantes como a possibilidade de usar um sabre de luz e uma pistola, aumenta o dinamismo das batalhas ao mesmo tempo em que permite que cada um encontre seu modo favorito.
Assista ao trailer de ‘Star Wars Jedi: Survivor’
E o por tanto tempo sonhado recurso da viagem rápida nos mapas gigantescos ajudam no conforto e na qualidade de vida gerais.
O jogo ainda se aprofunda nas relações entre os personagens que, somados a um herói mais maduro, ganham status de criações notáveis dentro da mitologia da franquia.
Por ironia, em sua busca um pouco descontrolada por expansão do próprio universo narrativo, às vezes perde a mão – e acaba a parsecs de distância.
Meu nome é Cal
Não é preciso ter jogado “Fallen Order” para curtir “Survivor”, basta saber que ambos são games de aventura em terceira pessoa que acompanham as aventuras do agora cavaleiro Jedi Cal Kestis.
A nova trama se passa alguns anos depois da anterior, em algum momento entre os capítulos 3 e 4, enquanto o Império Galáctico se estabelece após a queda da República.
Mas, ao contrário do jogo anterior, a sequência não explora uma narrativa tão próxima à dos filmes.
No jogo, Cal encontra um possível planeta escondido que pode servir de refúgio para os perseguidos pelas forças opressoras do imperador, mas precisa reunir antigos aliados para descobrir o caminho exato e enfrentar uma ameaça muito, muito antiga.
Momento de ‘Star Wars Jedi: Survivor’
Divulgação
Tenha a Força
No controle de Cal, o jogador tem acesso a uma variedade de poderes e habilidades Jedi que os fãs da franquia sempre sonharam um dia possuir. Se em “Fallen Order” eles já funcionavam bem, em “Survivor” estão ainda mais afinados.
Lutar com os sabres de luz é tão divertido – e poderoso – que é até fácil esquecer o acesso à Força, com a chance de erguer inimigos ou jogá-los para longe em penhascos mortais.
Infelizmente, isso também dificulta a compreensão em relação à falta geral de poderes ou de golpes mais elaborados do herói no começo do game.
Em 2019, a crueza do aprendiz explicava o sistema de evolução e de árvore de habilidades clássica do gênero. Agora, ela simplesmente não faz sentido – tanto que o jogo nem tenta justificar.
Se as pancadarias são divertidas, os quebra-cabeças apresentados são quase tanto quanto.
Além dos desafios mais comuns, de como chegar do ponto A ao B, alguns altares Jedi antigos espalhados pelo mundo principal da história por vezes são mais recompensadores do que derrotar um chefão mal-encarado.
Momento de ‘Star Wars Jedi: Survivor’
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Faça Guerra
É difícil aprofundar muito a análise sem navegar nas perigosas águas do que pode ser considerado ou não spoiler. Mas é possível dizer, no entanto, que “Survivor” oferece um dos mundos originais mais “Star Wars” de todos os games baseados na obra de George Lucas.
E isso não é em referência apenas às localizações, mas também aos personagens e suas relações e dinâmicas. Acompanhar as conversas e os sentimentos entre a tripulação da Mantis, e até entre seus novos aliados, faz o coração de todo fã da série palpitar.
Os desenvolvedores definitivamente acertaram em transferir o ponto central da narrativa, que antes ficava na nave, para uma cantina no maior planeta da história.
Com o passar da aventura, Cal recruta novos aliados para lá. Muitos deles nem oferecem tantas novidades, mas só suas histórias e reações já valem sua adesão à mitologia geral.
Com uma boa variedade de novos coadjuvantes, alguns infelizmente passam um pouco do ponto, e se tornam alienígenas – com o perdão da expressão – à galáxia muito, muito distante.
Um deles, um pequeno pescador falastrão em um escafandro azul, é uma fofura, parece o tempo inteiro deslocado no contexto. Já um dos maiores vilões, um grandalhão feito de tendões roxos, usa uma armadura que faria mais sentido em “Gears of War”, não em “Star Wars”.
Mas, se o maior pecado de “Survivor” for ousar demais, que seja. Com uma história que parece distante mas ainda assim ainda mais importante para o universo geral da franquia, a sequência tem conteúdo suficiente para manter jogadores envolvidos por horas.
E ansiosos por mais.
Momento de ‘Star Wars Jedi: Survivor’
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‘Star Wars Jedi: Survivor’ é adição digna à franquia e supera anterior em todos os aspectos; g1 jogou
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