O presidente dos Estados Unidos Donald Trump assinou uma ordem executiva na última quarta-feira (5) que bane mulheres transgênero de eventos esportivos femininos.
Um dia após a decisão, a NCAA (Associação Atlética Universitária Nacional) acolheu a política do empresário, e proibiu atletas trans de participaram em competições femininas estudantis.
De acordo com o novo decreto, é destacado que “um atleta estudante designado do sexo masculino ao nascimento não poderá competir em uma equipe feminina”.
Com a medida, as universidades membros da NCAA certificariam a elegibilidade dos atletas e realizariam a aplicação da política.
Na ação executiva ficou determinado que mulheres transgênero poderiam ainda competir em esportes masculinos, desde que atendam aos requisitos de elegibilidade.
Porém, homens transgêneros, que realizaram procedimentos de transição, como injeções de testosterona, não poderão competir em equipes femininas.
Presidente da Liga Universitária e organizações LGBTs se manifestam sobre medida executiva
Em dezembro de 2024, em coletiva no Senado, o presidente da NCAA, Charlie Baker, alegou que a medida política afetaria um número baixo de esportistas, uma vez que havia menos de 10 atletas trans entre os 530 mil participantes nas 1,1 mil instituições membros.
Entre as organizações que defendem os direitos LGBTs, o grupo Advocates for Trans Equality (Advogados pela Igualdade Trans), condenou a atitude do presidente norte-americano e da NCAA e considerou o decreto como “evidentemente discriminatória e inconstitucional”.
Entenda porque Trump proíbe atletas trans de participarem de esportes femininos
Após assinar o decreto, Trump foi às redes sociais comemorar o anúncio da ação executiva.
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No post publicado na última quinta-feira (6), ele comemorou: “Ótimas notícias! Devido à minha Ordem Executiva, que orgulhosamente assinei ontem, a NCAA mudou oficialmente a sua política de permitir homens nos esportes femininos. Agora está proibido. Este é um grande dia para mulheres e meninas em todo o nosso país”, escreveu.
O político ainda explicou o motivo pelo decreto: “Em primeiro lugar, os homens nunca deveriam ter sido autorizados a competir contra as mulheres, mas tenho orgulho de ser o presidente que vai salvar os esportes femininos. Esperamos que o Comitê Olímpico também use o bom senso e implemente esta política, que é muito popular entre o povo americano e em todo o mundo!”, explicou.