O pintor Carlos Augusto Diesel, de 33 anos, morador de Ipira, no Meio-Oeste de Santa Catarina, teve a perna amputada após ser infectado por uma bactéria carnívora. A infecção rara começou depois de uma queda durante um jogo de futebol e se espalhou rapidamente, levando-o à UTI.
Homem perde perna após ser infectado por bactéria carnívora e família faz vaquinha para adquirir prótese – Foto: Divulgação/Maria Cristina/ND
A esposa de Carlos, Maria Cristina, relatou ao portal ND Mais sobre a luta do marido contra a bactéria carnívora. No momento a família mobiliza uma campanha para adquirir uma prótese e cobrir os custos do tratamento.
Como a bactéria carnívora se manifestou?
Carlos foi acometido por uma infecção grave após uma queda durante uma partida de futebol. O que parecia um machucado sem gravidade evoluiu rapidamente para uma necrose causada por uma bactéria rara e agressiva.
Conforme informações de Maria, na noite de 8 de janeiro, Carlos caiu durante o jogo. Horas depois, passou a sentir dores intensas e febre na região do joelho. Após atendimento médico, ele fez alguns exames, mas nenhuma fratura foi detectada. O tratamento inicial incluiu medicação para aliviar os sintomas, mas o quadro piorou.
Infecção começou na perna
O inchaço e a vermelhidão aumentaram e na manhã do dia 11 de janeiro, bolhas escuras surgiram na pele. Ao retornar ao hospital, ele foi encaminhado à cidade de Concórdia para mais exames. A infecção avançou muito rápido e os tecidos da perna foram destruídos pela bactéria carnívora.
No dia 13 de janeiro, Carlos já não conseguia se levantar. Exames como tomografia, ressonância magnética e eletrocardiograma foram realizados para verificar se a infecção havia atingido outros órgãos. No dia 15 de janeiro, o estado se agravou com um quadro de sepse, levando a uma internação na UTI, onde ficou por oito dias.
Bactéria Streptococcus, conhecida como bactéria carnívora
A infecção foi identificada como causada pela bactéria Streptococcus do grupo A, popularmente conhecida como bactéria carnívora. Apesar de ser comum no corpo humano, ela raramente se desenvolve e ocorre em cerca de 1 caso a cada 100 mil pessoas.
Os médicos informaram à família que não havia mais medicamentos disponíveis no Brasil para combater esse tipo de bactéria. A única alternativa que foi informada seria uma vacina importada dos Estados Unidos, mas sem previsão de chegada.
Após a operação, o pintor voltou para a UTI por mais quatro dias e permaneceu internado – Foto: Divulgação/Maria Cristina/ND
Amputação da perna esquerda
Diante da urgência, o pintor precisou escolher entre a vida ou a perna. No dia 25 de janeiro, ele passou por uma cirurgia de amputação da perna esquerdo. Após a operação, voltou para a UTI por mais quatro dias e permaneceu internado por um total de 26 dias.
Agora, o pintor já está em casa e segue com acompanhamento médico para monitorar sua recuperação. A família iniciou uma campanha online para arrecadar fundos para adquirir uma prótese e ajudar nos custos do tratamento.
Interessados em colaborar podem acessar a vaquinha pelo link: http://campanhadobem.com/todos-juntos-pelo-carlos.
