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Velório e sepultamento ocorreram na manhã desta quarta-feira (26). Ao g1, amigos e familiares de Ângela de Oliveira Gomes a definiram como alguém dedicada ao trabalho. Acidente ocorreu na terça-feira (25). Família se despede de mulher vítima de atropelamento
Familiares e amigos tiveram a última oportunidade de se despedir da técnica em enfermagem Ângela de Oliveira Gomes, de 49 anos, que morreu atropelada por um ônibus desgovernado enquanto seguia para o trabalho. O velório e sepultamento ocorreram na manhã desta quarta-feira (26).
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O acidente aconteceu por volta das 6h35 de terça-feira (25), na avenida Presidente Dutra, no bairro Glória, Zona Oeste da capital. Ângela estava a caminho da parada de ônibus quando foi atingida pelo veículo. O atropelamento foi registrado por uma câmera de segurança da região.
A vitima foi velada no início da manhã desta terça-feira em uma funerária na Zona Sul da capital e enterrada por volta das 10h, no cemitério Santa Helena, no bairro São Raimundo, na Zona Oeste de Manaus.
De acordo com a prima do esposo de Ângela, Rivanilde Gomes, a técnica em enfermagem era uma pessoa caseira e trabalhadora que vivia em razão da família. Rivanilde ainda conta que a vítima era uma pessoa ‘cheia de vida’.
“Ela tinha muita vontade de viver. Eu fico imaginando a dor da mãe, porque assim, no caso, os papéis se inverteram, a mãe idosa perdeu uma filha jovem. Ela é muita família, só saía para o trabalho e voltava para casa, bem sossegada e bem tranquila”, relatou Rivanilde.
Lilian Silva, colega de trabalho da profissional de saúde, classificou Ângela como alegre, extrovertida e guerreira. A profissional ainda explica que Ângela era referência em ajudar tanto os colegas quanto os próprios pacientes.
“Dentre as amigas dela, ela gostava de ajudar bastante. Não só as colegas, mas os pacientes. Bem alegre, extrovertida, guerreira e trabalhadora”, definiu Lilian.
Segundo os familiares, todo os custos do velório foram pagos pela empresa responsável pelo micro-ônibus.
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Vítima mantinha rotina
Técnica de enfermagem Ângela de Oliveira Gomes morta atropelada por ônibus em Manaus
Divulgação
De acordo com Pedro Gomes, marido da vítima, Ângela saía todos os dias no mesmo horário para trabalhar no Hospital e Pronto-Socorro da Criança Zona Leste, conhecido como “Joãozinho”.
Pedro relatou que ouviu o estrondo da batida do ônibus contra o muro de uma residência e, sem imaginar o que tinha ocorrido, enviou uma mensagem para a esposa.
“Meu bebezão, que barulho foi esse?!” lembrou, emocionado. Minutos depois, uma familiar que estava próxima ao local do acidente avisou sobre a morte de Ângela.
O marido questionou a justificativa do motorista, que alegou ter perdido o freio.
“Essa área é deserta, por que o camarada vinha em tamanha velocidade? Eu sei que é por causa do atraso de rota, mas ele disse que perdeu o freio”, desabafou Pedro.
O acidente
Com o impacto do atropelamento, um dos braços de Ângela foi arrancado. Ela morreu no local e teve o corpo removido pelo Instituto Médico Legal (IML). A vítima deixa o esposo e uma filha de 17 anos.
O motorista do ônibus ficou ferido e foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), sendo encaminhado ao Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto. O estado de saúde dele não foi divulgado. Nenhum passageiro se feriu.
A Polícia Militar isolou a área até a chegada do Departamento de Polícia Técnico-Científico (DPTC). O caso será investigado pela Delegacia Especializada em Acidente de Trânsito (DEAT).
Mulher estava caminhando quando foi atingida pela rua
Jucélio Paiva/Rede Amazônica
Mulher morre após ser atropelada na Zona Oeste de Manaus