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A construção da Rodovia Via Mar, anteriormente chamada Corredor Litorâneo Norte, é uma alternativa crucial para aliviar o tráfego da BR-101 no Litoral de Santa Catarina. Com 145 km de extensão, será viabilizada por meio de uma PPP (parceria público-privada) e já se encontra na fase de estudos ambientais e traçados técnicos.
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Rodovia Via Mar será alternativa paralela a BR-101 – Foto: Reprodução/Ecopik/ND
A rodovia ligará Joinville ao Contorno Viário da Grande Florianópolis e contará com vias marginais, viadutos, pontes, um túnel duplo e obras de contenção de encostas. O investimento estimado é de R$ 9,2 bilhões, baseado nos parâmetros da Via de Contorno de Florianópolis.
Atualmente, os projetos executivos para o trecho entre Joinville e Brusque (94,475 km) estão em desenvolvimento.
No entanto, um ponto crítico destacado pelo engenheiro civil Ricardo Saporiti é o atraso na licitação dos projetos executivos do trecho entre Brusque e Tijucas, que corresponde a 49,525 km da rodovia (34,39% do total). Esse trecho apresenta desafios geotécnicos significativos, com depósitos de argila mole de até 30 metros de espessura.
Para garantir a estabilidade da infraestrutura, serão necessárias soluções avançadas, como a construção de pontes de grande porte, incluindo a travessia sobre o Rio Tijucas, além de um túnel duplo.
Principal preocupação da rodovia
A principal preocupação é que, sem a execução do trecho Brusque-Tijucas, a Via Mar não conseguirá cumprir seu objetivo de desafogar a BR-101, impactando negativamente a mobilidade regional.
Atualmente, há uma defasagem de seis meses entre a contratação dos projetos do trecho Joinville-Brusque e o processo licitatório dos projetos do trecho Brusque-Tijucas. Se essa discrepância persistir, a funcionalidade da rodovia será comprometida.
Portanto, a priorização da licitação e do desenvolvimento dos projetos executivos para o trecho Brusque-Tijucas é fundamental. A demora na execução de uma parte essencial do projeto pode comprometer sua efetividade e gerar impactos negativos tanto para o tráfego quanto para a economia da região.