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Mirieli Santos foi baleada na casa do suspeito, nesse sábado (22). A jovem é 4ªvítima de feminicídio em Mato Grosso do Sul em 2025. Os crimes ocorreram todos no mês de fevereiro. Mirieli foi a 4ª vítima de feminicídio em MS.
Rede Social
Fausto Júnior Aparecido de Oliveira, de 31 anos, suspeito de matar a ex-esposa Mirieli Santos, de 26, na madrugada de sábado (22), teria socorrido a vítima até o hospital da Água Clara (MS) antes de fugir. O g1 entrou em contato com a defesa do suspeito, que alega que o tiro foi acidental.
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Conforme boletim de ocorrência, o irmão da vítima contou que na noite do crime o suspeito estava dando uma festa em casa. E que, em determinado momento, Mirieli chegou no local para conversar com Fausto.
Ainda de acordo com o depoimento, minutos depois, as testemunhas ouviram um disparo de arma de fogo e encontraram Mirieli caída ao chão, com um ferimento no abdômen. O irmão contou que ele e o suspeito chegaram a levar a jovem até o hospital da cidade, mas ela não resistiu aos ferimentos.
Enquanto a vítima era atendida pela equipe médica, Fausto fugiu. A Polícia Militar foi acionada e o caso segue em investigação. Até a atualização desta reportagem, o suspeito ainda não havia se entregado.
Na casa onde o crime aconteceu, foi apreendido um revólver calibre 38 municiado com seis cartuchos, sendo três deles deflagrados. Além disso, foram encontradas diversas munições calibre 22 em um pote plástico. O caso foi registrado como feminicídio na delegacia da cidade.
A reportagem entrou em contato com a defesa do autor, Marcos Ivan Silva, que alegou que o tiro foi acidental e a não ida para delegacia, até o momento, é uma tentativa de escapar do flagrante.
4º feminicídio
A morte da jovem Mirieli foi registrado como o quarto feminicídio em 2025, todos os outros crimes também aconteceram no mês de fevereiro. Relembre abaixo.
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O primeiro feminicídio do ano aconteceu no dia 1º de fevereiro, em Caarapó, quando o ex-companheiro de Karin Corin, de 29 anos, atirou contra a jovem. Ele também matou a amiga de Karina, Aline Rodrigues, de 32 anos, que estava na loja onde as duas foram atacadas pelo homem.
O segundo foi a indígena Juliana Dominguez, de 28 anos, morta a golpes de foice durante a noite. O principal suspeito de cometer o crime é o companheiro da jovem, que fugiu após o crime.
O terceiro caso foi a jornalista e criadora de conteúdo, Vanessa Ricarte, de 42 anos. Ela foi brutalmente atacada pelo ex-noivo, Caio Nascimento, no dia 12 de fevereiro. A morte de Vanessa resultou em discussões sobre a reformulação da rede de atendimento às mulheres vítimas de violência. A jornalista foi morta hora após pedir medida de proteção contra o ex-noivo.
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