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Desde o dia 12 de fevereiro, a greve dos servidores municipais em Florianópolis segue em um embate sem definição. Após entender que a paralisação é ilegal e que os grevistas descumpriram determinações judiciais, a Justiça de Santa Catarina decidiu bloquear R$ 200 mil das contas do Sintrasem (Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal) para “encorajar o cumprimento da decisão judicial”.
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Greve dos servidores em Florianópolis prossegue mesmo com determinação judicial declarando-a ilegal – Foto: Sintrasem/Reprodução/ND
De acordo com a decisão do desembargador Luiz Fernando Boller, o sindicato descumpriu a ordem judicial que determinou a greve como ilegal, sendo “pública e notória a continuidade do movimento paredista”.
Ainda, a decisão também afirma que os grevistas desrespeitaram o comando de distância mínima de 500 metros de prédios públicos “conforme imagens extraídas das câmeras de monitoramento da Prefeitura Municipal de Florianópolis”.
“Ante a gravidade do caso, tenho como mais adequada e proporcional a imediata ordem para bloqueio do valor de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais) de qualquer conta bancária sob titularidade do Sintrasem”, ordenou o desembargador.

Sindicato e prefeitura não chegaram a um acordo nesta quarta-feira (19) e a greve dos servidores municipais ainda está mantida em Florianópolis – Foto: TJSC/Reprodução/ND
Representantes do Sintrasem e da prefeitura de Florianópolis se reuniram nesta quarta-feira (19) para tentar chegar a um acordo, mas a tentativa foi sem sucesso.
O sindicato decretou estado de greve no dia 12 de fevereiro, em resposta à proposta de reforma da previdência enviada à Câmara de Vereadores pela administração municipal.
O Sintrasem foi procurado pela reportagem para uma manifestação, mas não retornou ao contato. O espaço segue aberto.
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Trabalhadores municipais tentam pressionar a prefeitura contra o avanço da reforma da previdência em Florianópolis – Foto: Sintrasem/Reprodução/ND
Polícia Militar e Ministério Público também receberam orientações da Justiça em decisão sobre a greve dos servidores de Florianópolis
O desembargador Boller também determinou o envio de um ofício ao Comando-Geral da Polícia Militar de Santa Catarina para que, “caso necessário, utilize a força policial para impedir que os grevistas, novamente, tumultuem prédios públicos, principalmente a sede da Prefeitura de Florianópolis”.
O MPSC (Ministério Público de Santa Catarina) também será notificado para que apure uma eventual “prática de delito por parte da entidade sindical e dos grevistas”.