Câmara aprova projeto que cria dia para combater preconceito contra cristãos em Sorocaba


Alterações no projeto que incluiriam outras religiões foram rejeitadas. Iniciativa tramitava desde 2021 e foi aprovada com dois votos contrários. Data será comemorada todo dia 3 de abril. Câmara de Sorocaba (SP) teve gasto de meio bilhão de reais em 10 anos
Marcel Scinocca/g1
Os vereadores da Câmara de Sorocaba (SP) aprovaram nesta quinta-feira (20) um projeto de lei que cria o Dia do Combate a Cristofobia na cidade. A iniciativa tramitava desde 2021 e foi aprovada com dois votos contrários.
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De acordo com o projeto, de autoria do vereador Dylan Dantas (PL), a data deve ser comemorada na cidade todo ano, em 3 de abril. Na data, ainda conforme o texto aprovado, fica autorizada a realização de eventos e campanhas municipais que promovam a valorização da fé cristã e ações de conscientização contra qualquer forma de discriminação ou violência praticada contra cristãos.
Foram propostas duas alterações no projeto que incluiriam outras religiões, mas elas foram rejeitadas.
A redação aprovada é um projeto substitutivo do próprio autor, que, entre outras coisas retirou do parágrafo 3 o termo “cristofobia”.
Na justificativa, o parlamentar argumentou que os Cristãos compõe grande parte da população. Ela ainda considerou como argumentação o “grande número de abusos que estão surgindo contra cristãos em todo o mundo”.
Desde 2021
A iniciativa tramitava na Câmara de Sorocaba desde agosto de 2021. O projeto chegou a receber um substitutivo, da vereadora Iara Bernardi (PT), ampliando o combate à intolerância para todas as religiões. Porém, o projeto da parlamentar foi considerado antirregimental e não prosperou.
A parlamentar também tentou emplacar uma emenda no projeto, também com intuito de ampliar o combate à intolerância religiosa. A emenda também foi considerada antirregimental.
Outra emenda, desta vez da vereadora Fernanda Garcia (Psol), também foi apresentada ao projeto. Entre outras coisas, ela autorizava a realização de eventos públicos em todos os âmbitos. Mais uma vez a emenda foi considerada antirregimental.
Iara e Fernanda votaram contra o projeto aprovado, que agora segue para sanção ou veto do prefeito Rodrigo Manga (Republicanos).
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