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Jovem de 16 anos, apreendido pela morte de Adonilia Custódio de Souza, teria tirado a própria vida, segundo a Secretaria de Cidadania e Justiça. Boletim de ocorrência foi registrado sobre o caso. Corpo de Adonilia estava em uma sala de escola abandonada no Aureny IV
Ana Paula Rehbein/ TV Anhanguera/ Divulgação
O adolescente de 16 anos suspeito de assassinar a idosa Adonilia Custódio de Souza, de 71 anos, foi encontrado morto em uma cela do Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) de Palmas. A informação sobre a morte do jovem foi confirmada pela Secretaria de Cidadania e Justiça (Seciju) e aconteceu na noite de segunda-feira (17).
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O jovem, que não teve o nome divulgado, foi apreendido em agosto de 2024. A idosa desapareceu no dia 19 daquele mês e o corpo dela foi encontrado no dia seguinte, dentro de uma construção do antigo Centro de Atenção Integral à Criança e ao Adolescente (Caic), no Jardim Aureny IV. Com sinais de violência, a vítima sofreu, conforme laudo, uma hemorragia e fraturas no crânio e face, além de traumatismo crânio-encefálico.
De acordo com a Seciju, a suspeita é que o adolescente tenha tirado a própria vida. Ele estava desacordado quando a equipe de saúde da unidade chegou à cela por volta das 20h40. Ele chegou a receber os primeiros socorros e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que constatou a morte do jovem.
Antes da morte, ele estava sendo acompanhado pela equipe de saúde do Case e recebia tratamento psiquiátrico pelo Centro de Atenção Psicossocial (Caps I). Desde a apreensão ele não havia apresentado indícios de que tentaria algo contra sua própria integridade física. A pasta ressaltou ainda que recebeu tratamento durante todo tempo que esteve internado no Case.
A Polícia Militar foi chamada e foi registrado um boletim de ocorrência para investigação da morte do adolescente. A perícia também esteve na unidade o corpo foi levado para o Instituto Médico Legal de Palmas para para passar por exames de necropsia. A liberação aconteceu por volta das 16h20 desta terça-feira (18).
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Câmeras de segurança do setor onde Adonilia morava e desapareceu registraram o adolescente no dia do crime. As imagens mostraram ambos caminhando em direção à escola. O corpo da idosa foi encontrado no dia 20 de agosto de 2024 pelos filhos dela, que faziam buscas para encontrar a mãe. Eles disseram que ela tinha o costume de fazer caminhada na região.
Uma das filhas da vítima também contou que a mãe era lúcida, aposentada, e catava latinhas por hobby.
Adonilia foi encontrada no prédio onde funcionava o Caic, um lugar que estaria servindo como ponto de encontros sexuais e de criminalidade. Isso era motivo de reclamação da população pelo abandono.
Após ser apreendido, o delegado responsável pela investigação, Israel Andrade, informou que ele teria confessado o crime, mas negado que teve relações sexuais com a vítima. Porém, exames apontados no laudo detectaram a presença de espermatozóides no corpo da idosa, “indicando prática de conjunção carnal e ato libidinoso”.
Após os procedimentos da apreensão, o jovem foi levado para o Case, onde foi encontrado morto após quase seis meses do assassinato da idosa.
Sala em obras tinha preservativos, roupas íntimas e muito lixo
Ana Paula Rehbein/ TV Anhanguera
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