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O presidente dos EUA, Donald Trump, disse a jornalistas neste domingo (9) que está comprometido com a compra da Faixa de Gaza, mas pode permitir que seções da terra devastada pela guerra sejam reconstruídas por outros estados no Oriente Médio.
Trump fez seus comentários aos repórteres a bordo do Air Force One a caminho de Nova Orleans (EUA) para assistir ao Super Bowl da Liga Nacional de Futebol Americano (NFL, na sigla em inglês). Ele afirmou que “possuir” Gaza garantiria que o grupo extremista Hamas não controle mais a área.
“Estou comprometido em comprar e possuir Gaza. Quanto a nós reconstruí-la, podemos dá-la a outros estados no Oriente Médio para construir seções dela, outras pessoas podem fazer isso, através de nossos auspícios. Mas estamos comprometidos em possuí-la, tomá-la e garantir que o Hamas não recue”, afirmou o presidente americano.
O presidente também afirmou que a área é “um local de demolição” e que não há nada para onde os palestinos possam voltar. “O restante será demolido. Tudo está demolido”, disse ele.
EUA podem aceitar refugiados palestinos
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Trump também disse que estava aberto à possibilidade de permitir que alguns refugiados palestinos entrassem nos Estados Unidos, mas que consideraria solicitações caso a caso.
Ezzat El Rashq, um membro político do Hamas, condenou as últimas declarações de Trump sobre a compra e posse de Gaza, por meio de uma declaração do grupo, informaram agências de notícias internacionais. “Gaza não é uma propriedade para ser vendida e comprada. É parte integrante de nossa terra palestina ocupada”. Rashq ainda afirmou que os palestinos “frustrarão os planos de deslocamento”.
Em outro momento, Trump falou sobre deslocar permanentemente os palestinos que vivem em Gaza e criar uma “Riviera do Oriente Médio”. O presidente americano já havia comentado na semana passada sobre a ideia de os Estados Unidos assumirem Gaza e se envolverem em um esforço massivo de reconstrução.
Apoio de Israel
Não estava claro sob qual autoridade os Estados Unidos reivindicariam Gaza. O anúncio de Trump atraiu repreensões imediatas de várias nações.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, classificou neste domingo (9) de “revolucionária” a proposta de Donald Trump para que os Estados Unidos assumam o controle de Gaza e desloquem sua população, que, segundo garantiu, o presidente americano está “decidido” a implementar.
De acordo com agências de notícias, Netanyahu explicou a seus ministros que ele e Trump concordaram em “garantir que Gaza já não represente uma ameaça para Israel”. O presidente americano tem “um enfoque revolucionário e criativo”, afirmou, após retornar de sua visita a Washington, acrescentando que Donald Trump está “bastante decidido” a controlar Gaza.