Polícia conclui que agressão contra psicólogo em boate de Cuiabá não foi por homofobia


Douglas Luiz, de 37 anos, registrou um boletim de ocorrência denunciado ter sido vítima de homofobia, mas a polícia indiciou o agressor por lesão corporal leve. Douglas Luiz Rocha de Amorim registrou denúncia por agressão
Arquivo pessoal
A Polícia Civil apontou que não houve crime de homofobia, como foi denunciado, no caso da agressão contra o psicólogo Douglas Luiz Rocha de Amorim, de 37 anos, em uma boate de Cuiabá, em janeiro deste ano. O caso foi concluído na quinta-feira (6) e o agressor foi indiciado por lesão corporal leve.
De acordo com a polícia, desde a denúncia, foram ouvidas 13 pessoas, entre elas, 11 testemunhas, além do suspeito e a vítima. Também foram analisadas mais de cinco horas de filmagens no interior da casa noturna.
As investigações apontaram que o suspeito e a vítima tiveram desentendimentos durante a noite, que finalizaram com a agressão no banheiro da boate. Segundo a polícia, os fatos foram presenciados por diversas testemunhas, não sendo confirmado que as discussões ocorreram em razão de homofobia.
O inquérito policial foi encaminhado ao Ministério Público e à Justiça para as demais providências.
✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MT no WhatsApp
Entenda o caso
O caso foi denunciado e a Polícia Civil investiga o crime
No dia 13 de janeiro, o psicólogo registrou um boletim de ocorrência denunciando homofobia após ter sido agredido fisicamente por um homem dentro do banheiro de uma casa de festas. À época, Douglas contou que, devido à agressão, sofreu uma crise convulsiva.
Ao g1, Amorim disse que assim que ele e o companheiro chegaram na boate, repararam que o agressor estava os encarando. Segundo o psicólogo, todos eles, incluindo o agressor, estavam no camarote da casa noturna.
Em seguida, quando o psicólogo foi ao banheiro, ele conta que o agressor foi logo atrás e perguntou com rispidez o que a vítima estava olhando nele. Para rebater o comentário, Douglas teria questionado o que o agressor estava falando e o chamou de homofóbico.
Conforme a denúncia registrada, por volta de 04h15, horário em que eles iriam embora, o casal e mais um amigo decidiram ir ao banheiro novamente, momento em que o agressor entrou no local e bateu a cabeça dele contra o mármore da parede.
Conforme o boletim de ocorrência, a vítima levou pontos no rosto e lesionou a região do tornozelo na queda.
✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MT no WhatsApp
Adicionar aos favoritos o Link permanente.