A eleição para a Câmara dos Deputados se avizinha, será no próximo sábado, 1º de fevereiro. Dentre os postulantes ao cargo de presidente da casa legislativa em questão, quem mais se destaca e mais tem chances é o deputado federal pela Paraíba, do partido Republicanos, Hugo Motta, de apenas 35 anos de idade.
O jovem parlamentar encontrou o seu espaço no seio do chamado “centrão”, conjunto de partidos cuja função — não exatamente assumida, mas por certo percebida — é garantir a governabilidade seja lá de que governo for, de esquerda, direita ou centro, por óbvio com a retribuição de cargos, nomeações, ministérios e verbas para as suas ações políticas.
No caso específico de Motta há ainda o projeto de tornar viável o seu nome para o governo de seu estado, Paraíba. Com a projeção que a presidência da Câmara confere ao seu ocupante, a pretensão de vôos políticos mais altos soa quase como uma consequência natural da função em questão. Isso, somado à juventude de Motta, parece mesmo explicar sua apaixonada dedicação à eleição de sábado próximo.
Com um discurso clichê de “não discriminação de ideias” e de “conjunção de todos os propósitos que forem bons ao Brasil”, o deputado paraibano busca, na verdade, formar o maior arco de apoios possíveis à sua volta, evidentemente oferecendo cargos, comissões e vantagens várias aos partidos integrantes desse arco.
E o governo? O governo mais uma vez fica de fora, numa posição secundária na esfera dos acontecimentos. Não conseguiu lançar candidatura própria com viabilidade real, concreta, e agora terá que se contentar em fazer parte do tal arco de apoios, mas numa posição coadjuvante.