Mãe da criança buscou atendimento médico no Pronto Atendimento de Alto Lage, em Cariacica, na Grande Vitória, após identificar sangue nas partes íntimas da filha enquanto dava banho na criança. PA de Alto Lage.
Reprodução/TV Gazeta
Uma menina de 2 anos foi vítima de violência sexual, em Viana, na Região Metropolitana do Espírito Santo, neste domingo (26). A mãe da criança, de 27 anos, foi dar banho na filha após ela voltar da casa do pai, que tem 30 anos, e percebeu que havia sangue nas partes íntimas da menina. A mulher buscou atendimento médico e o abuso foi confirmado.
Os nomes dos envolvidos e o bairro de residência não estão sendo divulgados para preservar a identidade da criança, conforme prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (Ecriad).
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Segundo a Polícia Militar, a mãe da criança relatou que a filha passou o dia na casa do pai. Por volta das 18h30, a filha foi trazida em casa pelo homem. As duas foram à igreja e, na volta, na hora do banho, a menina se queixava de dores e a mulher percebeu que havia sangue nas partes íntimas da criança.
A mãe informou aos policiais que, neste momento, foi imediatamente com a filha ao Pronto Atendimento de Alto Lage, em Cariacica, na cidade vizinha. No local, os médicos confirmaram que a criança estava chorosa e com dores.
Após a realização de exames, foi constatada que a criança foi vítima de violência sexual. Também foram solicitados testes rápidos para possíveis doenças sexualmente transmissíveis e exames para checar a presença de espermatozoides no material coletado.
Delegacia de Cariacica
Ricardo Medeiros/Rede Gazeta
A assistente social do PA informou o fato para o Conselho Tutelar, e a polícia foi acionada. Na Delegacia de Cariacica foi feito um pedido de medida protetiva de urgência para a criança contra o pai.
Em entrevista, a mãe da criança contou que o pai sempre está acompanhado de muitos amigos em sua casa. Eles vivem separados.
“De fato eu não sei o que realmente pode ter acontecido. […] O pai dela sempre anda muito acompanhado, eu não posso dizer nem afirmar que realmente foi o pai ou alguém que estaria junto com ele. Eu não tenho certeza. Geralmente, ele tá com muitas pessoa, bebendo, muitos amigos, tem uns que eu não conheço, não tenho intimidade, e hoje em dia a gente não pode confiar em ninguém”, contou a mulher.
A mãe disse que quer que a pessoa que violentou a filha pague pelo que fez.
“Eu tô sem chão. Eu quero que quem fez isso pague, porque é uma criança, ela não tem não noção de nada e nem entendimento de nada”, falou.
O g1 conversou com um conselheiro tutelar que explicou que, neste caso, a mãe fez todos os trâmites indicados, ao procurar atendimento médico e também ir à delegacia.
O pronto atendimento costuma fazer um relatório para que o Conselho Tutelar de atuação do território da família atenda mãe e filha e acione uma rede de proteção, com equipe psicossocial para atendimento da criança.
Além disso, quando finalizado, o conselho também recebe o laudo da polícia, para avaliar se alguma outra medida precisa ser tomada.
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A Polícia Civil informou que as diligências iniciais e medidas legais foram adotadas na Delegacia Regional de Cariacica, sendo entregue o encaminhamento ao Instituto Médico Legal (IML), da Polícia Científica (PCIES), em Vitória, para realizar os exames necessários.
O caso seguirá sob investigação da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) e, por envolver menor de idade, segue sob sigilo.
O g1 não conseguiu contato com o pai da criança.
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