O Pentágono preparou nesta sexta-feira (24) mais de cinco mil soldados de unidades de combate de alto nível para serem enviados ao sudoeste dos EUA, na fronteira com o México, segundo o jornal The Wall Street, após as ordens do presidente Donald Trump de intensificar o papel militar ao longo da fronteira.
O perfil oficial da Casa Branca divulgou imagens de veículos militares, helicópteros e tropas patrulhando uma área da fronteira, reforçando o compromisso de Trump de aumentar o poder militar na divisa do país com o México.
Preparo de militares
Segundo o jornal americano, a infantaria armada e tropas de apoio da 82ª Divisão Aerotransportada e da 10ª Divisão do estado de Montanha, que são duas das formações de combate mais experientes do Exército, podem estar na fronteira em poucos dias.
Trump reafirmou o compromisso com uma resposta militar ao que ele chamou de “invasão” de migrantes, cartéis de drogas e contrabandistas durante discurso de posse, no dia 20 de janeiro.
O Exército preparou as forças como uma medida preventiva para garantir que elas estariam prontas caso a Casa Branca ordenasse o envio de mais tropas da ativa para a fronteira, como é amplamente esperado, disse uma autoridade militar ao Wall Street Journal.
As forças teriam a mesma missão de dar suporte às agências de segurança pública que as unidades da Guarda Nacional já destacadas na fronteira, segundo autoridades.
Impactos no exército
A implantação pode chegar a mais de sete mil soldados de tropas ativas na fronteira, aumentando os 2.500 reservistas do Exército e soldados da Guarda Nacional que já estão lá, disseram autoridades ao jornal americano. De acordo com eles, um documento de planejamento da administração indica que até 10 mil tropas podem ser enviadas.
Além da infantaria, tropas de apoio especializadas em suprimentos, logística, segurança e comunicações também estariam se deslocando para a fronteira. Eles também foram escolhidos em parte porque estão prontos para serem mobilizados em curto prazo, ao contrário de outras unidades que podem levar semanas para estarem prontas para se mover.
Emergência nacional
Trump declarou a situação na fronteira como uma emergência nacional e prometeu enviar quantas tropas dos EUA forem necessárias para protegê-la.
A Casa Branca se moveu para divulgar seu uso expandido dos militares, postando um vídeo na sexta-feira de fuzileiros navais armados em equipamentos de combate pousando em um local não revelado “na fronteira”. No post, feito na rede social X, o perfil oficial afirma: “Promessas feitas, promessas cumpridas!”. Confira:
The US Marine Corps Is On The Border Assisting CBP With The Mission To Secure America
Promise Made –> Promise KEPT! pic.twitter.com/t384DH1FDl
— The White House (@WhiteHouse) January 24, 2025
Deportação em massa
Trump está cumprindo promessas que fez durante a campanha presidencial ao reforçar a fiscalização e impedir a entrada irregular de estrangeiros. Ele garante que vai fazer a maior deportação em massa da história do país, com milhões de imigrantes ilegais sendo expulsos.
Uma reportagem do jornal “The New York Times” publicada nesta sexta-feira (24) afirma que o governo Trump concedeu a autoridades do Serviço de Imigração e Controle de Alfândega dos EUA (ICE, na sigla em inglês) o poder de fazer deportações expressas: enviar de volta para o território mexicano pessoas que acabaram de entrar, sem necessidade de audiência judicial, prática proibida pelas leis internacionais.
