Da capital para o interior de SP, Zico coleciona vinis desde os 13 anos e diz que coleção atual chega a ter quase 200 discos de gêneros variados. Feira reuniu amantes de vinis em São José do Rio Preto (SP). Alguns discos que estavam à venda na feira de vinil que ocorreu em Rio Preto (SP)
João Pedro Maciel/g1
Offspring, Led Zeppelin, Amy Winehouse… Os nomes são de peso e carregam uma história no mundo da música conhecida por qualquer amante das melodias. Embora sejam artistas fortes da indústria há algumas décadas, suas obras acompanharam os avanços da tecnologia e, hoje, também estão disponíveis nas plataformas de streaming.
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Mas, apesar de terem as músicas “na ponta dos dedos”, ainda existem aqueles fãs com o gosto “raiz”. Muitos deles se reuniram em São José do Rio Preto (SP), no sábado (18), para compartilhar um amor em comum: os discos de vinil.
A feira foi organizada por uma loja de discos de Marília (SP). O g1 esteve no local e conversou com alguns colecionadores e apaixonados por vinis.
Desde a infância
Colecionador e aposentado Zico ‘Fields’, que participou da feira de vinil em Rio Preto (SP) como expositor e vendedor de discos
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Zico “Fields” tem 67 anos e é colecionador de discos e aposentado. Apaixonado por rock, ele iniciou sua coleção ainda na adolescência, na década de 1970, quando tinha apenas 13 anos de idade.
Conforme ia ficando mais velho, o gosto musical acompanhou o amadurecimento do morador de Rio Preto, que afirma ter hoje um instinto mais “apurado” em sua coleção de mais de 200 discos.
“Eu viajei muito para o exterior e sempre trazia discos. Tenho aí 50 anos de coleção comigo. Os meus preferidos são da área de psicodelia, mas também gosto muito de hard rock”, explica.
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Muitos discos já passaram pela mão de Zico, seja por meio de trocas ou por meio de vendas, prática que é comum entre colecionadores. Apesar de ter feito muitas negociações, ele carrega um arrependimento: ter trocado um disco específico de uma cantora americana.
“Tem um disco que eu nunca mais consegui achar. É de uma cantora americana chamada Tracy Nelson. O disco dela que eu sempre estive atrás é o ‘Mother Earth’. Nunca mais encontrei e eu sonho ainda em achar esse disco um dia.”
Alguns dos discos do colecionador Zico, que estava na feira de vinil em Rio Preto (SP)
João Pedro Maciel/g1
Fuga do mundo tecnológico
Se alguns mantêm a tradição da infância, outros tentam fugir dos avanços tecnológicos por meio dos discos, como Mariana Alves. Ela é gerente de tecnologia e coleciona os itens porque, além de ser algo nostálgico, tornou-se também uma “válvula de escape” da realidade.
“Eu trabalho com tecnologia, então eu consigo escapar disso nas horas vagas com os discos. É uma sensação nostálgica, me remete a várias lembranças e o ‘chiadinho’ do toca-discos é algo mais analógico” explica.
Mariana Alves é gerente de tecnologia em Rio Preto (SP) e participou de feira de vinil na cidade
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Influenciado pela família
Já Guilherme Gonçalves tem 22 anos e é professor de educação física. O gosto pelos discos de vinil surgiu por influência da família.
“Eu tenho um toca-discos em casa. Gosto bastante de rock nacional, mesmo não sendo da minha época. Comprei uma variedade boa durante a feira. Esse gosto é algo que vem de geração, minha família foi fazendo minha cabeça e, graças a Deus, eu vim para esse lado, né?”, brinca.
Guilherme Gonçalves tem 22 anos, é professor de educação física e participou da feira de discos de vinis em Rio Preto (SP)
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*Colaborou sob supervisão de Gabriela Almeida
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