Emicida lança o primeiro single inédito em três anos para promover o braço final da turnê derivada do álbum ‘AmarElo’, de 2019
Julio Benedito / Divulgação
Capa do single ‘Acabou, mas tem…’
Julio Benedito
Resenha de single
Título: Acabou, mas tem…
Artista: Emicida
Composição: Damien Seth e Emicida
Edição: Laboratório Fantasma
Cotação: ★ ★ ★ 1/2
♪ “Belisque o seu próprio braço e pergunte-se / Se você ainda é capaz de sentir algo / Ainda é capaz de sentir algo”, propõe Emicida nos versos finais de Acabou, mas tem…, música inédita do rapper paulistano, apresentada em single e clipe postos em rotação ontem, 29 de fevereiro. A provocação final denuncia a anestesia coletiva que imobiliza o ser humano diante dos horrores do sanatório geral chamado mundo.
Primeiro single inédito de Emicida desde São Pixinguinha (2021), Acabou, mas tem… imprime o D.N.A. positivista desse rapper que enxerga e denuncia o caos social sem deixar de apontar a esperança em dias melhores e de valorizar o afeto no corre cotidiano.
Mesmo sem o impacto de discos anteriores de um artista que vem de álbum antológico, AmarElo (2019), o single Acabou, mas tem… é fiel à ideologia de Emicida e flagra o cantor e compositor em movimento contínuo.
Orquestrada pelo próprio Emicida com Damien Seth, a produção musical harmoniza no arranjo as sete cordas do violão de Gabriel Borges com a flauta e o clarinete soprados por Dirceu Leite.
De certa forma, o single Acabou, mas tem… descende da linguagem musical do já mencionado álbum AmarElo, disco pautado pelo cruzamento do rap com o ritmo caracterizado por Emicida como “neo samba”. Tanto que está sendo lançado no embalo da iminente estreia do derradeiro braço da turnê promocional deste disco, AmarElo – A gira final, que levará Emicida por 12 cidades do Brasil a partir da próxima sexta-feira, 8 de março.
Ao mesmo tempo, o single Acabou, mas tem… também parece dar mais um passo na obra do inquieto artista, sinalizando um próximo movimento que virá em 2024 ou em 2025.
Emicida denuncia anestesia coletiva do ‘sanatório geral’ no tom positivista do inédito single ‘Acabou, mas tem…’
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