Problemas estruturais preocupam pais de alunos e professores da Escola Municipal Rizzieri Poletti. Nova gestão da prefeitura diz que não tem recursos em caixa para fazer investimentos. Única escola municipal de Cândido Rodrigues apresenta problemas na estrutura
Paredes descascando ou sem pintura, goteiras, infiltrações, banheiros entupidos e corredores sem saída de emergência são alguns dos problemas na Escola Municipal Rizzieri Poletti, a única administrada pela prefeitura em Cândido Rodrigues (SP), cidade com três mil habitantes.
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Mãe de um estudante de 11 anos, Anaeliza Ferrari Drape se preocupa com o rendimento escolar do filho, prejudicado pela falta de estrutura da unidade de ensino.
“A gente percebe que teve uma defasagem do estudo, e é onde eles ficam a maior parte do tempo, acabam ficando mais na escola do que em casa com a gente. Então é um sentimento de tristeza, de preocupação, porque a gente sabe que o estudo gera tudo na nossa vida. Se não tiver um estudo, não vai ter um bom futuro”, diz.
Banheiro entupido na Escola Municipal Rizzieri Poletti em Cândido Rodrigues, SP
Tiago Aureliano/EPTV
O filho dela, Davi Ferrari, conta que é comum os alunos enfrentarem problemas para acompanhar as aulas, principalmente em dias de chuva.
“Na outra sala onde estudam o 5º-B e o 5º-A, tinha muita goteira. Quando chovia, eles tinham que ir para outra sala porque alagava lá”, afirma.
A Escola Municipal Rizzieri Poletti atende cerca de 300 alunos. Atualmente, eles estão de férias, mas a preocupação aumenta com a aproximação da volta às aulas.
Por causa de goteiras, baldes e bacias tomam sala de aula da Escola Municipal Rizzieri Poletti em Cândido Rodrigues, SP
Tiago Aureliano/EPTV
A professora Natania de Paula Marangoni, que atua na escola, afirma que os problemas começaram quando a escola passou a atender as crianças em período integral, o que exigiu mais da capacidade do prédio.
“A escola tinha espaço para os alunos e as salas eram suficientes. Então criou-se salas novas, mas que, agora, estão aparecendo um monte de problemas. Eu dou aula em uma que quando chove, a água cai direto da luz, então a gente tem medo de dar um curto com os alunos lá dentro”, afirma.
De acordo com a prefeitura, análises já foram feitas no prédio por um engenheiro e um laudo deve ser apresentado na próxima semana. A nova gestão municipal estuda maneiras de conseguir dinheiro para bancar as reformas necessárias.
Infiltração em sala da Escola Municipal Rizzieri Poletti em Cândido Rodrigues, SP
Tiago Aureliano/EPTV
Segundo Rodrigo Domingos, assessor jurídico da prefeitura, falta dinheiro em caixa, mas a prioridade é a segurança dos estudantes.
“A gente conseguiu levantar nesse início de gestão, que não houve uma transição, que não tem recursos em caixa para poder fazer investimentos. Então o que vai ser utilizado vai ser emergencial, para poder reparar essas situações para iniciar o ano e, depois, tentar buscar recursos nas esferas governamentais para poder fazer todo o reparo necessário e a escola receber todo aluno com conforto e segurança”, afirma Domingos.
O que diz a gestão anterior
Procurado, o ex-secretário municipal de Educação, Wagner Camargo Junior, disse que a administração anterior fez todos os esforços para oferecer o melhor atendimento à comunidade escolar.
Segundo Camargo Junior, a escola passou por ampliação de salas e demais adequações do prédio, visando a implementação do ensino integral.
Sobre os problemas de infiltrações, Camargo Junior disse que a maioria delas foi resolvida com trocas de telhas e ajustes nos telhados. No caso da infiltração na Sala de Leitura, o ex-secretário afirmou que pode ter ocorrido algum problema de quebra de telhas durante manutenção ou instalação de equipamentos embaixo do telhado feitas recentemente.
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