As principais empresas de tecnologia, incluindo OpenAI e Apple, têm intensificado sua relação com Donald Trump, por meio de contribuições financeiras para a sua cerimônia de posse e declarações de apoio. Prática é comum no país. Presidente eleito dos EUA, Donald Trump, dá coletiva de imprensa em Mar-a-Lago em 7 de janeiro de 2025.
REUTERS/Carlos Barria
As big techs Google e Microsoft doaram US$ 1 milhão cada para a cerimônia de posse do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, que será realizada no dia 20 deste mês.
O Google confirmou a doação na última segunda-feira (6), enquanto a Microsoft informou que realizou o envio do valor na quinta-feira (9), segundo informações da agência Reuters a partir da TV norte-americana CNBC.
“O Google tem o prazer de apoiar a inauguração de 2025 com uma transmissão ao vivo no YouTube e um link direto em nossa página inicial [para a posse]. Também estamos doando para o comitê inaugural [de Trump]”, afirmou Karan Bhatia, chefe global de assuntos governamentais e políticas públicas do Google, em comunicado à CNBC.
A TV americana lembra que a Microsoft também doou US$ 500 mil para a posse de Donald Trump em 2016 e destinou o mesmo valor para a cerimônia de posse do presidente Joe Biden, em 2021.
Outras empresas de tecnologia também contribuíram para a posse de Donald Trump. Entre elas estão Meta (dona do Facebook, Instagram e WhatsApp), Amazon, Apple e OpenAI, dona do ChatGPT.
Elon Musk, dono do X (antigo Twitter), tem atuado como conselheiro de Donald Trump enquanto o presidente eleito se prepara para retornar à Casa Branca. Musk também participou ativamente da campanha de Trump e foi nomeado para um cargo no futuro governo.
As principais big techs têm sinalizado a intenção de se aproximar de Trump. Além das doações, os CEOs dessas empresas parabenizaram publicamente o presidente eleito após o resultado das eleições americanas de 2024.
Nesta semana, após anunciar o fim do programa de checagem de fatos da empresa, o CEO da Meta afirmou que este é o momento de a companhia “retornar às nossas raízes em torno da liberdade de expressão”. Ele também declarou que a Meta trabalhará com Donald Trump para combater a “censura” de outros países contra empresas americanas.
Doações para posses presidenciais são comuns
Facebook, Apple, Google e Microsoft
Montagem/Reuters
As empresas representam uma grande parcela dos doadores para posses presidenciais, com exceção de 2009, quando o então presidente eleito Barack Obama se recusou a aceitar doações corporativas. Ele reverteu essa decisão em sua segunda posse, em 2013, segundo a agência Associated Press.
O Facebook não fez doações para a posse de Biden em 2021 nem para a posse de Trump em 2017.
O Google doou US$ 285 mil para a primeira posse de Trump e para a posse de Biden, de acordo com os registros da Comissão Eleitoral Federal.
Os comitês inaugurais são obrigados a divulgar a fonte de sua arrecadação de fundos, mas não a forma como gastam o dinheiro. A Microsoft doou US$ 1 milhão para a segunda posse de Obama, mas apenas US$ 500 mil para as posses de Trump, em 2017, e de Biden, em 2021.
A Amazon doou cerca de US$ 58 mil para a posse de Trump em 2017, muito menos do que US$ 1 milhão doado agora.