Comunidade Igarapé do Costa, em Santarém, enfrenta baixa de oxigênio em lagos, afirma Semas


Durante a ação, foi constatada a grave situação enfrentada por 71 famílias, que dependem diretamente dos recursos naturais da região. Durante visita na comunidade
Ascom/Divulgação
Uma equipe integrada por representantes do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Estado realizou uma visita a na comunidade Igarapé do Costa, em Santarém, no oeste do Pará, impactada pela estiagem, queimadas e mortandade de peixes. Durante a ação, foi constatada a grave situação enfrentada por 71 famílias, que dependem diretamente dos recursos naturais da região.
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Segundo o comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Jayme de Aviz Benjó, a comunidade já havia recebido assistência inicial, como cestas básicas e água potável, e um novo ciclo de apoio será garantido. Cada família receberá duas cestas de alimentos e água potável para um período de 60 dias, enquanto o estado mantém decretos de emergência relacionados à estiagem e ao desmatamento.
O comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Jayme de Aviz Benjó, esteve em Santarém
Kamila Andrade/g1
Além disso, técnicos realizaram análises ambientais no local, constatando baixos níveis de oxigênio nos corpos d’água, o que agravou a mortandade de peixes. A redução do volume hídrico devido à estiagem e o aumento da temperatura têm impactado severamente o ecossistema, com consequências diretas para a subsistência da comunidade.
Secretário de Meio ambiente Raul Protázio em Santarém
Kamila Andrade/g1
Outro fator preocupante é o avanço das queimadas, que, conforme apontado pelo secretário de Meio ambiente Raul Protázio, estão diretamente ligadas ao desmatamento. Após a derrubada de árvores, o fogo se torna uma prática comum para limpar áreas, mas acaba saindo do controle.
“Estamos vivenciando efeitos diretos das mudanças climáticas. Este é o segundo ano consecutivo em que o comportamento climático não segue o padrão histórico. Esses eventos extremos são alertas que já vêm sendo discutidos pela comunidade internacional há anos, mas que agora atingem diretamente nossa realidade”, afirmou o secretário.
De acordo com as previsões meteorológicas, destacadas ainda pelo secretário, a chuva deve retornar à região a partir da segunda quinzena de dezembro. A expectativa é de que o volume pluviométrico normalize durante o primeiro semestre do próximo ano. Contudo, uma nova estiagem está prevista para o segundo semestre de 2025.
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