CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard, anunciou que não vai comercializar carne proveniente do Mercado Comum do Sul (Mercosul). Segundo a empresa, medida vale apenas para a França. Governador de MS, Eduardo Riedel, manifestou indignação com decisão do CEO do Carrefour
O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, manifestou indignação (veja no vídeo acima) diante da decisão anunciada pelo CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard, de suspender a comercialização de carne proveniente do Mercado Comum do Sul (Mercosul).
“Nós estamos acompanhando a discussão do Carrefour inibindo e proibindo a compra de carne do Mercosul. É esse tipo de coisa que queremos combater, absurdos comerciais que transportam para essa relação algo negativo”, afirmou Riedel.
A medida foi anunciada no dia 20 de novembro de 2024, em comunicado publicado por Bompard em suas redes sociais. Ele declarou que a unidade francesa da gigante varejista assumiu o compromisso de não comercializar carne oriunda dos países do Mercosul, que inclui Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.
O Mercosul, criado em 1991, é um bloco econômico voltado à integração econômica e comercial entre os países-membros: Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela (atualmente suspensa).
Reação do setor rural
O presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul), Guilherme Bumlai, também criticou a postura do Carrefour. Ele destacou que, apesar do impacto comercial ser reduzido, a decisão precisa ser enfrentada.
“Primeiro, o impacto para o setor brasileiro é muito pequeno, já que enviamos uma quantidade mínima de carne para a França. Mas, em segundo lugar, há uma questão comercial importante. Não podemos deixar de nos posicionar. Esse argumento protecionista deve ser repudiado. Sou a favor do livre comércio. Eles precisam se preocupar em ser mais competitivos e eficientes, como nós, que produzimos com eficiência e sustentabilidade e exportamos para mais de 180 países”, afirmou Bumlai.
Ele também defendeu um movimento de reciprocidade: “Se eles não querem comprar nossa carne, defendemos que os produtores rurais de Mato Grosso do Sul também deixem de consumir no Carrefour.”
Comércio entre MS e França
Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) mostram que Mato Grosso do Sul exportou US$ 50,9 milhões em produtos para a França entre janeiro e outubro de 2024. A pauta de exportação incluiu celulose, bagaço de soja, farinha e pelletes da extração de óleo de soja, mas não houve exportação direta de carne bovina no período.
A França ocupa a 28ª posição no ranking dos principais destinos das exportações sul-mato-grossenses.
Contexto e repercussão
A decisão do Carrefour francês gerou reação em toda a região do Mercosul. A Federação das Associações Rurais do Mercosul (FARM) repudiou o anúncio, enquanto lideranças políticas e do agronegócio destacam a importância de enfrentar posturas que consideram protecionistas.
Apesar da repercussão negativa, o Carrefour esclareceu que em outros países onde atua, incluindo Brasil e Argentina, continuará comercializando carne do Mercosul, ressaltando que a medida afeta exclusivamente a unidade francesa.
O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, manifestou indignação (veja no vídeo acima) diante da decisão anunciada pelo CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard, de suspender a comercialização de carne proveniente do Mercado Comum do Sul (Mercosul).
“Nós estamos acompanhando a discussão do Carrefour inibindo e proibindo a compra de carne do Mercosul. É esse tipo de coisa que queremos combater, absurdos comerciais que transportam para essa relação algo negativo”, afirmou Riedel.
A medida foi anunciada no dia 20 de novembro de 2024, em comunicado publicado por Bompard em suas redes sociais. Ele declarou que a unidade francesa da gigante varejista assumiu o compromisso de não comercializar carne oriunda dos países do Mercosul, que inclui Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.
O Mercosul, criado em 1991, é um bloco econômico voltado à integração econômica e comercial entre os países-membros: Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela (atualmente suspensa).
Reação do setor rural
O presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul), Guilherme Bumlai, também criticou a postura do Carrefour. Ele destacou que, apesar do impacto comercial ser reduzido, a decisão precisa ser enfrentada.
“Primeiro, o impacto para o setor brasileiro é muito pequeno, já que enviamos uma quantidade mínima de carne para a França. Mas, em segundo lugar, há uma questão comercial importante. Não podemos deixar de nos posicionar. Esse argumento protecionista deve ser repudiado. Sou a favor do livre comércio. Eles precisam se preocupar em ser mais competitivos e eficientes, como nós, que produzimos com eficiência e sustentabilidade e exportamos para mais de 180 países”, afirmou Bumlai.
Ele também defendeu um movimento de reciprocidade: “Se eles não querem comprar nossa carne, defendemos que os produtores rurais de Mato Grosso do Sul também deixem de consumir no Carrefour.”
Comércio entre MS e França
Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) mostram que Mato Grosso do Sul exportou US$ 50,9 milhões em produtos para a França entre janeiro e outubro de 2024. A pauta de exportação incluiu celulose, bagaço de soja, farinha e pelletes da extração de óleo de soja, mas não houve exportação direta de carne bovina no período.
A França ocupa a 28ª posição no ranking dos principais destinos das exportações sul-mato-grossenses.
Contexto e repercussão
A decisão do Carrefour francês gerou reação em toda a região do Mercosul. A Federação das Associações Rurais do Mercosul (FARM) repudiou o anúncio, enquanto lideranças políticas e do agronegócio destacam a importância de enfrentar posturas que consideram protecionistas.
Apesar da repercussão negativa, o Carrefour esclareceu que em outros países onde atua, incluindo Brasil e Argentina, continuará comercializando carne do Mercosul, ressaltando que a medida afeta exclusivamente a unidade francesa.