Tony Bennett morre aos 96 anos

Celebridades lamentaram a morte do homem que era o cantor favorito de Frank Sinatra. Morre, aos 96 anos, o cantor americano Tony Bennett
Morreu, nesta sexta-feira (21), aos 96 anos, um dos artistas mais influentes do jazz. O cantor americano Tony Bennett.
Uma voz que, para alguns, soava como areia, ecoou planetariamente por sete décadas dizendo coisas como: “Um dia, quando eu estiver muito para baixo, e o mundo estiver frio, vou sentir um brilho só de pensar em você. E em como você está essa noite”.
Tony Bennett também foi a representação do sonho americano. O pai comerciante e a mãe costureira deram à luz em 1926 Anthony Dominick Benedetto, no bairro de trabalhadores de Astoria, no Queens, em Nova York.
Foi ainda no colégio que ele estreou como cantor.
A professora de artes conseguiu que menino se apresentasse na inauguração de uma ponte que ficava perto da casa dele – hoje, uma das mais movimentadas de Nova York. Logo depois, ele largou os estudos. Mas o começo da carreira do filho de imigrantes italianos não seria nada fácil.
Trabalhou como ascensorista e garçom até ser recrutado para lutar na Segunda Guerra Mundial, e começou a cantar na banda do Exército americano.
De volta aos Estados Unidos, 1949, um produtor o chamou e o fez trocar de nome. Aí nasceu Tony Bennett. No ano seguinte, gravou o primeiro disco. E a canção “Because of you” foi direto para o topo das paradas de sucesso.
Em 1962, lançou a gravação que rendeu o primeiro de 20 Grammys: “Deixei meu coração em São Francisco”
Nessa época, o rock dominava as rádios, e a gravadora o pressionava para trocar de estilo. Mas Tony Bennett brigou para se manter fiel ao que ele era e ao que gostava. Ele disse: “Os compositores dos anos 1930 eram imbatíveis, verdadeiros artesãos”.
Mas essa batalha enfraqueceu Bennett, que nos anos 1970 passou a sofrer com abuso de drogas. Depois de um hiato de uma década, ele voltou remoçado. E com a carreira administrada pelo filho.
Alçado pela nova geração, usou essa mistura para se manter fazendo o que gostava com frescor. Ao lado de artistas como Amy Winehouse e Lady Gaga – com quem gravou dois álbuns, saiu em turnê e fez participações em especiais na televisão.
Foi duradoura também a relação de Bennett com o Brasil. Nos anos 1960, se apaixonou pela bossa nova. Gravou um disco cuja capa era o Rio de Janeiro. E a primeira música, “Samba do avião”.
Tempos depois, chamou Maria Gadú para cantar um dueto. E também Ana Carolina.
“Ele recontou a história da música americana, da música popular. Você vê que ele canta com pessoas do mundo inteiro, da América Latina toda. Todas as pessoas cantando com ele com muita reverência, com muito respeito, e ele autêntico, uma integridade artística importante”, comenta a cantora Ana Carolina.
Em 2016, Bennett foi diagnosticado com Alzheimer. Ele se aposentou em 2021.
Nesta sexta-feira (21), celebridades lamentaram a morte do homem que era o cantor favorito de Frank Sinatra; cuja voz polida continuará a dizer: “Encha meu coração de música e me deixe cantar para sempre”.
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