‘Realmente é uma das maiores vozes masculinas de todos os tempos’, diz Mauro Ferreira sobre Tony Bennett


Crítico musical comentou a morte do cantor norte-americano aos 96 anos nesta sexta-feira (21). ‘Realmente é uma das maiores vozes masculinas de todos os tempos’, diz Mauro Ferreira
O jornalista e crítico musical Mauro Ferreira falou à GloboNews sobre a morte do cantor Tony Bennett aos 96 anos, nesta sexta-feira (21). Ele avaliou o legado do norte-americano como alguém que foi elogiado por ninguém menos que Frank Sinatra, considerado um dos maiores cantores do mundo e dos maiores expoentes da música dos Estados Unidos.
“Basta dizer que o Frank Sinatra chegou a falar uma vez que o Tony Bennett era o maior cantor do mundo. Ele realmente é uma das maiores vozes masculinas de todos os tempos, sobretudo nessa área do jazz e pop norte-americano. Diferentemente do Sinatra, ele tinha uma tendência maior pelo jazz”, analisou.
Ferreira relembrou que Bennett era uma pessoa de difícil trato na indústria fonográfica, tendo tido problemas com uma das gravadoras por onde publicou seus álbuns em mais de 70 anos de carreira. Algo que, segundo o crítico, era parte da sua personalidade e o fez ser considerado uma referência no meio ao longo dos tempos, inclusive mais recentemente, quando cantou com nomes do público jovem e do pop.
“Talvez para as gerações mais jovens, o Tony seja mais identificado em um segundo momento da carreira quando começou a fazer a série Duets. A partir daí um novo público se formou, porque teve dueto com a Lady Gaga, com Amy Winehouse, tanto que ele repetiu essa fórmula duas vezes”, explicou.
O jornalista relembrou que Bennett gravou a sua série de duetos com duas cantoras brasileiras, Ana Carolina e Maria Gadu. E que era grande fã de Leny Andrade, tendo ido inclusive a um show dela. Ainda, era fã de bossa nova e de Tom Jobim. E cantava com classe e afinação perfeitas, em sua avaliação.
“O que se pode ser dito do Tony é isso. É cantar com classe. Não é só ser afinado, é cantar com classe, com requinte. É mais do que ter técnica, é uma conjunção precisa de técnica e emoção, que o deixou para sempre na galeria dos melhores do mundo. É um dia de grande perda. Mas o Tony fica, porque é um imortal”, definiu o comentarista.
Mauro Ferreira elogiou a carreira e a voz de Tony Bennett; cantor morreu nesta sexta-feira (21), aos 96 anos
Reprodução/TV Globo
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