Greve em Hollywood: Filmes e séries fazem acordos com sindicato e continuam gravações


Filmes estrelados por Anne Hathaway e Matthew McConaughey são produzidos por estúdios independentes, que não fazem parte de organização em choque com atores e roteiristas. Anne Hathaway ganha estrela na Calçada da Fama de Hollywood
REUTERS/Mario Anzuoni
O Sindicato dos Atores de Hollywood (SAG, na sigla em inglês) tem estabelecido acordos com alguns estúdios e dado permissão para que seus membros continuem a participar das gravações de filmes e séries específicos, mesmo durante a greve anunciada no último dia 13.
Entre as produções que podem continuar estão os filmes “Mother Mary”, estrelado por Anne Hathaway (“O diabo veste Prada”) e Hunter Schafer (“Euphoria”), e “The Rivals of Amziah King”, estrelado por Matthew McConaughey (“Interestelar”).
Há ainda filmes com outros grandes nomes, como Paul Rudd (“Homem-Formiga”), Jenna Ortega (“Wandinha”) e Mel Gibson (“Até o último homem”) e Sigourney Weaver (“Avatar”).
O SAG mantém uma lista atualizada com produções que receberam permissão em seu site.
Em sua maioria, os acordos foram estabelecidos com estúdios independentes, que não fazem parte da Aliança dos Produtores de Filmes e Televisão (AMPTP, na sigla em inglês), que não chegou a acordo com atores e roteiristas (a classe está paralisada desde maio).
Mas há exceções. A série “Tehran”, que entrou para a lista nesta quinta-feira (20) e tem Hugh Laurie (“House”) no elenco, é transmitida pela plataforma de streaming Apple TV+, que é parte da AMPTP. O motivo para a permissão não foi divulgado.
Além dela, o filme “The Watchers”, estrelado por Dakota Fanning (“The Runaways”), também está na lista, apesar de ligações com a New Line.
O SAG anunciou a greve após semanas de negociações com os grandes estúdios de Hollywood. As conversas se concentraram em melhores salários e outros benefícios, além de definir o uso da inteligência artificial na produção de filmes e programas de televisão, para garantir que suas imagens digitais não sejam recriadas sem autorização.
Depois de concordar em estender as negociações, por 12 dias, as conversas terminaram sem que as partes chegassem a um acordo. Desde a paralisação, membros do sindicato têm organizado protestos em frente às empresas e se juntado a seus colegas roteiristas.

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