Família Manson na ficção: como a seita de assassinos foi retratada em filmes e séries


‘Era uma vez…Hollywood’, ‘O Assassinato de Sharon Tate’ e mais obras da TV, do cinema e do streaming que tiveram a história brutal da seita de Charles Manson como pano de fundo. Quase 54 anos depois, os assassinatos da Família Manson seguem chamando a atenção e deixando muita gente chocada.
Isso acontece principalmente quando surge alguma novidade sobre o caso. Nessa semana, uma das mulheres envolvidas nas mortes deixou a prisão.
Família Manson na ficção: como a seita de assassinos foi retratada em filmes e séries
Em 1969, a seita da qual ela fazia parte invadiu a casa de Sharon Tate e do diretor Roman Polanski, e matou a atriz. Essa morte, aliás, assim como toda essa história brutal, já rendeu várias séries e filmes.
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E o g1 relembra produções do cinema, da TV e do streaming que retrataram o caso ou citam personagens envolvidos nos crimes da família Manson.
Antes, relembre o caso:
Charles Manson, em imagem de outubro deste ano 2014, fornecida pelo Departamento de Correções da Califórnia.
California Department of Corrections / Via AP Photo
A família Manson era um grupo liderado por Charles Manson na década de 1960, nos Estados Unidos. Ele tinha uma influência totalmente manipuladora sob o grupo, que morava em um rancho, na Califórnia.
Em agosto de 1969, os integrantes da seita se envolveram em uma série de assassinatos, incluindo o de Sharon Tate. O cineasta Roman Polanski, marido da atriz, não estava em casa quando tudo aconteceu. Mas o grupo acabou assassinando outros 4 amigos deles que estavam no local.
No dia seguinte, ainda mataram o casal Leno e Rosemary LaBianca.
Charles Manson morreu em novembro de 2017, aos 83 anos. E nesta semana, Leslie Van Houten, uma das garotas envolvidas nas mortes, recebeu liberdade condicional. Na época do crime, ela tinha 19 anos.
“As Discípulas de Charles Manson”
Matt Smith, Sosie Bacon e Marianne Rendón em cena de “As Discípulas de Charles Manson”
Divulgação
Leslie é personagem central do filme “As Discípulas de Charles Manson”, que foi lançado em 2018.
O longa conta um pouco da história dela e de mais duas garotas que estavam envolvidas nos crimes. Só que nele, o trio recebe pena de morte depois do julgamento.
Mas depois que esse tipo de pena é suspenso no país, elas acabam recebendo a sentença de prisão perpétua.
Durante o período na prisão, elas são acompanhadas por uma jovem estudante que é enviada pra dar aula às meninas. E aí, elas começam a se transformar e a entender a realidade dos crimes brutais que cometeram.
“Leslie, my name is evil”
Kaniehtiio Horn, Kristen Hager e Anjelica Scannura em cena de “Manson, my name is evil”
Divulgação
Leslie também foi inspiração para o personagem central de outro filme. Lançado em 2009, “Leslie, my name is evil” traz uma história de ficção inspirada na assassina.
O filme se passa durante o julgamento de Leslie e de outras duas garotas envolvidas no caso. Só que Perry, que é um engenheiro químico e que faz parte desse júri, acaba se apaixonando por Leslie. E claro, ele se vê totalmente confuso com a situação.
A produção canadense ainda faz um paralelo entre o caso da família Manson e o Massacre de My Lai, que aconteceu um ano antes, no Vietnã. Ali, mais de 500 civis, incluindo mulheres grávidas e crianças, foram mortos por tropas americanas.
Mas muitos anos antes desses dois filmes, lá em 1976, a microssérie “O Assassinato de Sharon Tate” foi um grande sucesso
Ela foi produzida para a TV, dividida em dois episódios e falava sobre a investigação e o julgamento do caso “Tate-LaBianca”.
Ele foi chamado assim, na época, por causa dos nomes da atriz e do casal que foram mortos pela seita, como já contei. A série foi indicada em três categorias do Emmy.
“Manson’s Lost Girls”
Mackenzie Mauzy e Jeff Ward em cena de “Manson’s Lost Girls”
Divulgação
Falando de obras mais recentes, em 2016, foi lançado o “Manson’s Lost Girls”.
Ele conta a história de Linda Kasabian, que foi uma das jovens seduzidas pela seita de Charles Manson e pelo estilo de vida de amor livre do grupo.
O filme mostra Linda chegando na comunidade hippie, e em seguida, sendo atraída para as atividades criminosas.
No caso real, Linda foi uma das cúmplices dos assassinatos, mas não recebeu pena por ter sido testemunha-chuva no julgamento.
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“Manson Family Vacation”
Jay Duplass e Linas Phillips em cena de “Manson Family Vacation”
Divulgação
Em 2015, saiu o longa “Manson Family Vacation”. Diferentemente das outras produções aqui citadas, ele não traz nenhum personagem envolvido no caso e nem relembra diretamente a história de todo o crime.
A ligação ali é outra. Um homem, que mora em Los Angeles, recebe a visita surpresa do seu irmão adotivo. Esse irmão é totalmente obcecado por Charles Manson e insiste para que eles saiam em um tour visitando todos os locais onde aconteceram as mortes.
Durante a passagem por um desses pontos, o cara que estava de boa em casa, acaba fazendo uma grande descoberta sobre o real motivo da visita do irmão.
“The Resurrection of Charles Manson”
Frank Grillo em cena de “The Resurrection of Charles Manson”
Divulgação
Outro filme que é nessa levada de citar o líder da seita em uma trama totalmente inventada é o “The Resurrection of Charles Manson”.
O filme foi lançado em 2023, não chegou no Brasil e ainda não tem título em português.
Mas o que sabemos da história é que enquanto um casal edita um filme sobre Charles Manson, alguns eventos que vão ser retratados nesse longa, começam a acontecer de verdade.
“Era uma vez… Hollywood”
Brad Pitt e Leonardo DiCaprio em primeira foto do filme ‘Era uma vez… Hollywood’, de Quentin Tarantino
Reprodução/Instagram/Leonardo DiCaprio
Quando “Era uma vez… Hollywood” ainda estava em fase de produção, o nono filme de Quentin Tarantino foi anunciado como um retrato de Charles Manson e a Família. Mas o cineasta explicou que a trama central seria, na verdade, sobre o ano de 1969.
O filme mostra os Estados Unidos daquele ano, em meio a mudanças significativas na indústria cinematográfica.
E a história de ficção, com os personagens de Leonardo DiCaprio e Brad Pitt, tem o assassinato de Sharon Tate como pano de fundo.
Uma das ligações ali é que Rick, que é interpretado por DiCaprio, é vizinho de Roman Polanski e Tate. Margot Robbie é a responsável por interpretar a atriz no longa. No filme, Sharon Tate não morre e os membros da seita são mortos pelos protagonistas vividos por DiCaprio e Pitt.
“Era uma vez…Hollywood” foi lançado em 2019, quando o crime completou 50 anos. O filme foi o mais premiado do Globo de Ouro em 2020, e levou duas estatuetas no Oscar do mesmo ano.

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