Neste ano, festival investiu em atrações que fazem o público se questionar se a banda realmente existe ou tudo é apenas uma piada. Artistas nacionais do Lollapalooza apostam em nomes ‘diferentões’
Neste ano, os nomes de algumas bandas que entraram na line-up do Lollapalooza 2025 são tão excêntricos que parecem nem existir. De Sophia Chablau e Uma Enorme Perda de Tempo a Picanha de Chernobill, os brasileiros dominam com os nomes mais criativos.
À TV Globo, integrantes das duas bandas explicaram a escolha do nome.
QUIZ: Atração do Lolla ou banda inventada? E aí, você sabe se esse artista existe ou não?
“Bandas com nomes mais curtos tendem a ser mais fáceis de lembrar, mas acho que, no fundo, o fato de ser um nome meio longo e meio esquisito faz com que as pessoas tenham que perguntar ‘o quê?!’ e normalmente acabam registrando justamente por ser um nome meio maluco”, afirma Téo Puliti Serson, baixista da Sophia Chablau e Uma Enorme Perda de Tempo.
A banda Sophia Chablau e Uma Enorme Perda de Tempo.
Helena Ramos / Divulgação
Formada em 2019, em São Paulo, a banda conta com Sophia Chablau no vocal, Theo Ceccato na bateria, Vicente Tassara na guitarra e, como já dito, Téo no baixo. A banda apostou em um nome que transmite uma ideia de busca filosófica.
“O significado mais profundo do nome é que perder tempo é viver de verdade, sabe? Então, quando a gente diz que é Sophia Chablau e Uma Enorme Perda de Tempo, para mim esse tempo é o tempo que a gente vive, que a gente realmente é, que usa criatividade, que se propõe a coisas novas. A perda de tempo, na verdade, é aquilo que faz a gente ser mais a gente, ser mais autêntico, faz a gente ser mais livre, mais criativo”, afirma Sophia.
“A gente vai sendo esmagado pelas outras coisas, pelo trabalho, responsabilidades, e aí vai sobrando muito pouco tempo para a gente perder”, completa.
A banda tem dois discos lançados: um homônimo, de 2021, produzido por Ana Frango Elétrico, e o mais recente, Música do Esquecimento, de 2023. A banda indie faz um som potente e animado e se tornou figurinha carimbada em festivais nacionais. No ano passado, o grupo abriu os trabalhos no Coala. Eles se apresentam no Lolla pela primeira vez e tocam no sábado, às 14h45.
Picanha de Chernobill
Banda de rock Picanha de Chernobill durante apresentação na avenida Paulista
Divulgação/Picanha de Chernobill
Outro nome curioso que também estreia no festival é a banda Picanha de Chernobill. Segundo Chico Rigo, vocalista da banda, o nome surgiu por conta de um amigo.
“Um amigo nosso, que tinha costas largas, tinha o apelido de Picanha de Chernobill. Era um amigo de infância. A ideia do nome veio do nosso antigo baterista. A gente sempre inventa histórias [sobre a origem do nome], mas essa é a primeira vez que estamos dando uma entrevista e falando a verdade”, afirma.
“Se o nome tem uma originalidade e ele pega por algum motivo, seja por ser estranho ou até por muita gente que gosta, muita gente que acha estranho”, afirma Matheus do Canto, integrante da banda.
A banda nasceu em 2008, no Rio Grande do Sul, e desde então já teve diversas formações. Eles se mudaram para São Paulo em 2012, onde passaram a fazer apresentações pelas ruas da capital, como na Avenida Paulista, aos domingos. Agora, eles saem das ruas e abrem o sábado do Lolla.
“Diferente da rua, onde a gente está muito acostumado a tocar, que é um show despretensioso, esse vai ser um show que precisa ser impactante, com pressão, sabe? Tocar dando o sangue mesmo”, afirma Fernando Salsa, baterista da banda.
O grupo tem quatro discos de estúdio lançados. O mais recente, Pindorama, saiu no ano passado. Eles se apresentam às 12h no festival.
Outra bandas com bons nomes
A banda feminista de punk Charlotte Matou Um Cara também sobe ao palco do Lollapalooza, no domingo. Elas abrem um dos palcos do festival e tocam 12h40.
Os queridos do Pluma, que mesclam jazz, dream pop, rock alternativo e neo soul e acabaram de lançar seu primeiro disco, “Não Leve a Mal”, se apresentam na sexta (28), cedo às 12h45.
O projeto Tagua Tagua, do produtor gaúcho Felipe Puperi, também flerta com a psicodelia, o pop e neo soul, sobe no palco no sábado (29), às 12h45.
Sophia Chablau e Uma Enorme Perda de Tempo e Picanha de Chernobill: as bandas com nomes excêntricos que tocam no Lolla 2025
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