Salário mínimo em SC sobe 7%; veja novo valor por profissão

Deputados estaduais aprovaram na Alesc (Assembleia Legislativa de Santa Catarina), na quarta-feira (26), o projeto de lei que corrige o salário mínimo regional. O PLC (Projeto de Lei Complementar) foi encaminhado pelo governo do estado.

Reajuste do salário mínimo regional é definido por negociação entre empregadores e empregados

Governo estadual enviou à Alesc a proposta elaborada em conjunto por centrais sindicais e federações empresariais – Foto: Bruno Collaço/AGÊNCIA AL/ND

Aprovado por unanimidade, o reajuste médio é de 7,27% no salário mínimo regional de diferentes setores, como construção civil, indústria e comércio. A correção é retroativa a 1º de janeiro de 2025.

O deputado Marcos Vieira (PSDB) destacou, em sessão ordinária, que Santa Catarina é um dos cinco estados brasileiros que adotam o piso salarial regional e o único que teve aumento acima da inflação em 2025.

Salário mínimo de trabalhadores da agricultura é reajustado para R$ 1.730

Remuneração de trabalhadores da agricultura e pecuária passa de R$ 1.612,26 para R$ 1.730,00 no estado – Foto: Ricardo Wolffenbuttel/Secom/ND

Já o deputado Jair Miotto (União) argumentou que o aumento não é suficiente para a realidade do Brasil, visto que a taxa de juros está em 14,25%, mas ainda assim melhora a condição dos trabalhadores.

O valor do salário mínimo em Santa Catarina supera o nacional, reajustado pelo governo federal para R$ 1.518 em 2025, um aumento de 7,5%. O estado do Paraná tem o maior piso salarial do país, com faixas que vão de R$ 1.984 a R$ 2.275.

Veja como fica o salário mínimo regional após reajuste em SC

Além de Santa Catarina, somente Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro aplicam o salário mínimo regional – Foto: Reprodução/ND

Primeira faixa – passa de R$ 1.612,26 para R$ 1.730,00

  • na agricultura e na pecuária;
  • nas indústrias extrativas e beneficiamento;
  • em empresas de pesca e aquicultura;
  • empregados domésticos;
  • em turismo e hospitalidade;
  • nas indústrias da construção civil;
  • nas indústrias de instrumentos musicais e brinquedos;
  • em estabelecimentos hípicos;
  • empregados motociclistas, motoboys, e do transporte em geral, excetuando-se os motoristas.

Segunda faixa – Passa de R$ 1.670,56 para R$ 1.792,00

  • nas indústrias do vestuário e calçado;
  • nas indústrias de fiação e tecelagem;
  • nas indústrias de artefatos de couro;
  • nas indústrias do papel, papelão e cortiça;
  • em empresas distribuidoras e vendedoras de jornais e revistas e empregados em bancas, vendedores ambulantes de jornais e revistas;
  • empregados da administração das empresas proprietárias de jornais e revistas;
  • empregados em empresas de comunicações e telemarketing;
  • nas indústrias do mobiliário.

Terceira faixa – Passa de R$ 1.769,14 para R$ 1.898,00

  • nas indústrias químicas e farmacêuticas;
  • nas indústrias cinematográficas;
  • nas indústrias da alimentação;
  • empregados no comércio em geral;
  • empregados de agentes autônomos do comércio.

Quarta faixa – Passa de R$ 1.844,40 para R$ 1.978,00

  • nas indústrias metalúrgicas, mecânicas e de material elétrico;
  • nas indústrias gráficas;
  • nas indústrias de vidros, cristais, espelhos, cerâmica de louça e porcelana;
  • nas indústrias de artefatos de borracha;
  • em empresas de seguros privados e capitalização e de agentes autônomos de seguros privados e de crédito;
  • em edifícios e condomínios residenciais, comerciais e similares, em turismo e hospitalidade;
  • nas indústrias de joalheria e lapidação de pedras preciosas;
  • auxiliares em administração escolar (empregados de estabelecimentos de ensino);
  • empregados em estabelecimento de cultura;
  • empregados em processamento de dados;
  • empregados motoristas do transporte em geral
  • empregados em estabelecimentos de serviços de saúde.
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