
Arquivo está entre os mais de 2 mil documentos sobre a investigação do assassinato do presidente americano John F. Kennedy. Leonel Brizola é citado em documentos secretos divulgados pelo governo dos EUA
Joedson Alves//Estadão Conteúdo
Documentos secretos divulgados pelo governo dos Estados Unidos mostram que os movimentos de Leonel Brizola, então governador do Rio Grande do Sul, eram monitorados pela CIA (agência de inteligência norte-americana) nos anos 60.
Um dos arquivos aponta que Brizola negou apoio oferecido por Cuba e China em agosto de 1961. Veja aqui.
O documento é um telegrama da CIA e cita que Brizola liderava os esforços para garantir que João Goulart assumisse a presidência após a renúncia de Jânio Quadros.
Segundo o telegrama, Fidel Castro e Mao Tse-Tung ofereceram apoio material, incluindo “voluntários”, a Brizola.
O governador negou a ajuda, temendo uma crise nas relações internacionais do Brasil e uma intervenção dos Estados Unidos. Brizola morreu em 2004, aos 82 anos.
O arquivo está entre os mais de 2 mil documentos sobre a investigação do assassinato do presidente americano John F. Kennedy, publicados na terça-feira (18). O material inclui relatórios de diversos órgãos americanos, como a CIA e o FBI.
De acordo com o texto, “Brizola tinha medo de que, se as ofertas fossem aceitas, os Estados Unidos poderiam intervir”.
Telegrama da CIA que relata que Brizola recusou ajuda de China e Cuba
Reprodução
Arquivos secretos
O governo dos Estados Unidos publicou na terça-feira (18) mais de 2 mil documentos sobre as investigações do assassinato do presidente John F. Kennedy em 1963. O Brasil é citado em alguns dos arquivos.
A liberação dos arquivos foi autorizada pelo presidente Donald Trump em janeiro deste ano. Os documentos envolvem relatórios de diversos órgãos americanos, como a Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês).
O Brasil é mencionado em alguns arquivos no contexto da Guerra Fria e da influência de China e Cuba na América Latina.
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