Músico é headliner do Lollapalooza no domingo (30). Entenda como Justin, um dos maiores artistas pop de sua geração, teve sua carreira abalada por controvérsias nos últimos anos. As polêmicas de Justin Timberlake
O Justin Timberlake que se apresenta no Lollapalooza 2025, no próximo domingo (30), não é bem o popstar em seu auge. Não é o fofo ex-N’SYNC; não é o cantor sexy de “Future Sex/Love Sounds”, ou o gentleman de “The 20/20 Experience”.
É um popstar que chegou aos 44 anos em sua pior fase midiática, há anos sem inovar na carreira. E desembarca no Brasil com a missão de fazer a plateia esquecer seu passado.
Entenda as polêmicas em que Justin já esteve envolvido, e o que levou o cantor a essa “má fase”:
O Super Bowl de 2004
O caso Britney
Prisão em 2024
Fracasso comercial e de crítica
Justin Timberlake no Palco Mundo do Rock in Rio 2017
Alexandre Durão/G1
O ‘bad boy’ e o Super Bowl de 2004
Timberlake se tornou famoso ainda jovem, com passagens pela Disney e a banda N’SYNC. Na virada dos anos 90 para 2000, ele ganhou ainda mais atenção graças ao seu relacionamento com Britney Spears.
Após se separar da cantora, Justin se consolidou como um dos maiores popstars de sua geração. Sob beats produzidos pelo inovador Timbaland, ele deixou subentendido que foi traído, mas deu a volta por cima. Refez sua imagem no disco “Justified”, agora um “bad boy” que caprichava na coreografia. E cantou um R&B radiofônico, com muitos falsetes.
Esse Timberlake funcionou bem, e saiu ileso de sua maior polêmica até então: quando participou do show de intervalo do Super Bowl, em 2004.
Janet Jackson e Justin Timberlake no Super Bowl 2004
AP Photo/David Phillip
Justin foi o convidado surpresa na apresentação de Janet Jackson. Ao cantar “Rock Your Body”, ele arrancou a blusa da cantora, e o seio nu dela apareceu acidentalmente, ao vivo, para milhões de espectadores.
“Justin deveria ter puxado o bustiê de borracha para revelar um sutiã de renda vermelha. A peça desmoronou e o seio dela foi acidentalmente revelado”, explicou um representante da cantora na época.
O incidente rendeu muitos problemas a Jackson, que teve sua carreira praticamente acabada. Já Justin saiu do episódio com a reputação intacta – hoje, diz que se arrepende por nunca ter defendido Janet publicamente.
Na verdade, a carreira de Justin prosperou ao vender mais sexo. Em 2006, ele lançou “FutureSex/LoveSounds”, disco ainda mais focado no tema. “Eu estou trazendo o sexy de volta”, prometeu no hit “SexyBack”.
Momentos de paz e sucesso
Timberlake se casou com a atriz Jessica Biel em 2012 e assumiu a imagem de cavalheiro, de smoking e tudo. Em 2013, lançou “The 20/20 Experience”, álbum inspirado no soul pop dos anos 60 e 70. Foi um sucesso comercial e de crítica.
No início da década de 2010, o currículo de Justin estava brilhante – indo de hits solo, como “Mirrors”, a uma colaboração com Madonna (“4 Minutes”) e um feat póstumo de Michael Jackson (“Love Never Felt So Good”).
Justin Timberlake no videoclipe de ‘Suit and Tie’
Reprodução
Ele se tornou pai em 2015, o que refletiu na carreira musical, desacelerada e mais “familiar”. Em 2016, fez “Can’t Stop the Feeling” (uma espécie de nova “Happy”, do Pharrell) para o filme “Trolls”. A música toca nas rádios até hoje.
A transição para um “homem caseiro” foi marcada pelo disco “Man of the Woods”, de 2018. Foi quando o cantor começou a perder sucesso e deixou de ser visto como o popstar descolado e inovador, antecipando as polêmicas seguintes.
O caso Britney Spears
Em 2021, a carreira de Timberlake foi abalada de vez com o documentário “Framing Britney Spears”, sobre a trajetória de Britney até a tutela do pai. O filme também abordava o fim de namoro dela com Justin, em 2002, e sugeria que o cantor teria se aproveitado da situação para se promover, colocando ela como a “ex má”.
Após o lançamento do filme, Justin chegou a publicar um longo texto no Instagram, pedindo desculpas a Britney (e Janet).
“Eu lamento profundamente pelas vezes na minha vida em que minhas ações contribuíram para o problema, quando falei demais ou quando não falei pelo que era certo. Eu entendo que fiquei aquém nesses momentos, e em muitos outros, e me beneficiei de um sistema conivente com misoginia e racismo”, disse o cantor na nota.
Britney Spears e Justin Timberlake em 2001
Reprodução
A crise voltou (e piorou) em 2023, quando Britney lançou sua autobiografia “A Mulher Em Mim”. No livro, ela deu mais detalhes de como foi a relação com Justin – incluindo um aborto “angustiante” em casa, porque “ele não queria ser pai”.
Em outro ponto do livro, ela diz que ele aproveitou a mídia machista da época para colocá-la como a vilã do relacionamento, e alega que ele que a traía.
Após o lançamento do livro de Britney, Timberlake introduziu a faixa “Cry Me a River” em um show dizendo: “Gostaria de aproveitar esta oportunidade para me desculpar… com absolutamente ninguém”.
A ‘nova fase’
Depois de tudo isso, Justin vem ao Brasil com a turnê do disco “Everything I Thought It Was”, lançado em 2024. O álbum não teve aclamação crítica, nem muito sucesso comercial. Mas até a “má fase” do cantor não é tão ruim: a turnê, intitulada “Forget Tomorrow”, encheu arenas em vários lugares do mundo.
Teve mais uma polêmica, também. Em junho, o músico foi preso por dirigir embriagado. Ele foi solto no dia seguinte, mas não conseguiu evitar virar piada na internet.
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E o Lolla?
Apesar da carreira em queda livre, Timberlake é um showman. Não dá para citar nomes como Justin Bieber, Bruno Mars e Nick Jonas sem citar o ex-‘NSYNC, que estabeleceu um novo molde para o popstar hétero do século XXI, pós-Michael Jackson.
Nesta turnê, Justin tenta relembrar tudo que o colocou no posto de “Príncipe do Pop”: investe em cenários elaborados, retoma suas bem-executadas coreografias e segue com seus falsetes afiados.
Para o astro, cuja maior qualidade é a performance, fazer a plateia curtir o show deste Lolla pode não ser um desafio tão grande. Um Justin Timberlake “flopado” ainda é um Justin Timberlake.
As polêmicas de Justin Timberlake, que foi de príncipe do pop a ‘vilão’ com Britney e piada na internet
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