
Isso ocorre porque a tabela progressiva do Imposto de Renda será mantida, e haverá deduções, que garantirão isenção total até R$ 5 mil e parcial até R$ 7 mil, segundo o Ministério da Fazenda. A equipe econômica informou que, pela proposta de mudanças no Imposto de Renda que está sendo enviada nesta terça-feira (18) ao Congresso Nacional, os benefícios estarão limitados a quem ganha até R$ 7 mill.
Acima desse valor, haverá incidência normal da tabela do Imposto de Renda – que não está sendo alterada.
Por isso, contribuintes que ganham acima de R$ 7 mil não serão beneficiados, ou seja, continuarão tendo a mesma incidência do IR, sem mudanças e, portanto, sem redução de imposto.
Pela proposta, serão isentos trabalhadores que recebem até R$ 5 mil por mês.
Quem tem renda entre R$ 5 mil e R$ 7 mil, terá isenção parcial.
Para conceder o benefício total para rendas de até R$ 5 mil, e parcial para valores entre R$ 5 mil e R$ 7 mil, o governo está propondo descontos nos valores pagos em imposto.
Mas para trabalhadores que ganham mais de R$ 7 mil, não há deduções previstas para o imposto pago.
“A dedução só se aplica a quem recebe até R$ 7.000,00 mensais. Quem ganha R$ 10.000,00 ou mais recolherá IR normalmente, conforme a tabela progressiva”, informou a equipe econômica.
Isso ocorre, segundo a proposta, porque a tabela progressiva do Imposto de Renda será mantida.
A tabela em vigor é a seguinte:
Tabela do Imposto de Renda
Reprodução site da Receita Federal
Atualmente, a faixa de isenção do IR está em R$ 2.824. Mas, ainda este ano, o governo prevê aumentar esse valor para R$ 3.036 (dois salários mínimos), mudança que também precisa passar pelo Congresso.
No caso da isenção, se a proposta for aprovada, cerca de 10 milhões de contribuintes devem deixar de pagar IR a partir de 2026.
O aumento da isenção do IR, que beneficia a classe média, é uma aposta do governo para tentar melhorar a popularidade do presidente Lula.
Para compensar a perda de arrecadação, estimada em R$ 26 bilhões em 2026, o governo propõe taxar quem ganha mais de R$ 50 mil por mês, o equivalente a R$ 600 mil por ano.