
Adeon Paula de Oliveira, de 75 anos, foi morto em fevereiro deste ano. Filho que diz ter encontrado corpo do pai foi preso na última sexta-feira. Adeon Paula de Oliveira, advogado que foi encontrado morto, em Jussara, Goiás
Divulgação/OAB-GO
O filho do advogado Adeon Paula de Oliveira, de 75 anos, que foi encontrado morto na própria fazenda, não acredita que o irmão, que está preso, cometeu o crime. Alandeom Wanderlei de Oliveira mora nos Estados Unidos e diz que ele é inocente.
“Não tenho dúvida. Acredito na inocência dele, acredito que ele não seria capaz de algo assim. Acredito que, com base na conversa que eu tive com ele, uma pessoa que ficou totalmente em estado de choque. A única palavra que eu consegui entender depois de algum certo tempo foi ‘papai’, com muito choro. Então, essa reação não é uma reação de um criminoso, de alguém, desse mostro que estão falando”, disse Alan.
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Alandenon Wanderlei de Oliveira é advogado e foi preso na última sexta-feira (14). “O mandado de prisão é por suspeita de autoria do homicídio. Como a vítima foi morta com disparo de arma de fogo, essa seria a conexão”, explicou o delegado responsável pelo caso, Ricardo Ramos.
O g1 não conseguiu localizar a defesa do suspeito para que se posicionasse até a última atualização desta reportagem.
A Polícia Civil informou que a investigação deve ser concluída nos próximos dias. “E aí a gente vai conseguir dar um parecer melhor sobre tudo que foi investigado, levantado e descoberto”, afirmou o delegado. O motivo do crime não foi informando até a última atualização desta reportagem.
Em nota, a Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO) disse que acompanhou com perplexidade a prisão temporária do advogado suspeito pelo assassinato do pai. Também afirmou que desde a data do crime tem exigido providências da Secretaria de Segurança Pública de Goiás e acompanhado os trabalhos da Polícia Civil.
“A Ordem ressalta que seguirá acompanhando de perto a investigação, sempre respeitando o contraditório e a ampla defesa, bem como continuará cobrando rigor e celeridade na apuração dos fatos, garantindo que nenhum crime fique impune”, afirmou a OAB-GO.
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O assassinato aconteceu no dia 23 de fevereiro. Adeon foi baleado na cabeça enquanto estava numa rede. À época, a Polícia Civil informou que o corpo do advogado foi encontrado pelo filho dele que está preso. A corporação explicou ainda que a arma não estava no local.
Quem era o advogado morto
A Seção Goiás da OAB revelou que Adeon Paula de Oliveira foi presidente da Subseção de Jussara durante o triênio 2022-2024. Segundo a instituição, nesse período, o advogado enfrentou desafios significativos, como a falta de juízes na comarca, mas demonstrou dedicação exemplar à advocacia local e liderou iniciativas para criar um ambiente favorável e estável para os profissionais da região.
“A dedicação de Adeon à frente da subseção exemplificou seu compromisso inabalável com a advocacia e com a promoção da Justiça”, disse a OAB.
“A gestão de Adeon foi marcada por um clima de cooperação e diálogo aberto, que facilitou a resolução de problemas e promoveu o bem-estar da classe. Sua liderança proativa e comprometida deixou um legado duradouro, fortalecendo a Subseção e contribuindo significativamente para o avanço da advocacia na região”, complementou.
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