
A biomédica Miquéias Nunes de Oliveira foi morta com golpes de canivete pelo ex-marido na última segunda-feira (10). Manifestantes pedem o fim da violência contra à mulher
Larissa Bernardes/Tv Globo
Amigos e familiares da biomédica Miqueia Nunes de Oliveira, que foi morta pelo ex-marido na última segunda-feira (10), se reuniram em uma manifestação pedindo o fim da violência contra as mulheres na cidade de Ibirité, Região Metropolitana de BH, na manhã deste domingo (16).
O município de pouco mais de 170 mil habitantes presenciou dois episódios violentos contra mulheres. No dia 8 de março, Dia Intercional da Mulher, a oficial de justiça, Maria Sueli Sobrinho, foi agredida enquanto tentava entregar uma intimação para o enteado de um Policial Militar.
Durante a abordagem, o militar se passou pelo rapaz e foi alertado pela oficial sobre a falsa identidade. Em seguida, atacou a servidora com uma cabeça e um soco. O sargento da Polícia Militar Daniel Wanderson do Nascimento, de 49 anos, foi preso e pode responder a oito crimes na justiça comum e na militar.
Dois dias após a agressão, a biomédica Miquéias Nunes de Oliveira, 33 anos, foi morta pelo ex-marido, Renê Teixeira, 42 anos, enquanto trabalhava em uma clínica de estética na cidade. O homem a golpeou diversas vezes com um canivete. Após o crime, ele tentou tirar a própria vida com a arma, mas foi socorrido e levado para o Hospital Municipal de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, sob escolta policial.
Manifestantes soltam balões durante ato em Ibirité
Larissa Bernardes/Tv Globo
Cerca de 1.000 pessoas estiveram na manifestação organizada por organizações não governamentais (ONGs) de apoio a mulheres vítimas de violência. Durante o trajeto, os manifestantes fizeram um silêncio quando passaram em frente à clínica onde a biomédica foi morta. A caminhada terminou em frente ao estádio municipal de Ibirité.