Nauru, Hermes, Heron, ScanEagle e Hórus: os drones usados pelas Forças Armadas brasileiras


Hermes, de fabricação israelense, foi empregado para ajudar a localizar pessoas que precisavam ser resgatadas na tragédia do RS. Todos os modelos são de monitoramento, mas país preve ter um drone de combate até 2027.
As Forças Armadas brasileiras têm 7 modelos de drones em operação. Todos são de monitoramento, e nenhum é de combate, como os equipamentos utilizados pela Ucrânia em ataques contra a Rússia nesta semana.
Um dos drones usados pelo Brasil é o Hermes 900. De fabricação israelense, o modelo foi usado pela Força Aérea Brasileira (FAB) para ajudar a localizar pessoas que precisavam de resgate nas enchentes no Rio Grande do Sul, tragédia ocorrida em maio de 2024.
Outro drone é o Nauru 1000C, utilizado pelo Exército. Esse modelo pode vir a incorporar mísseis, o que faria o Brasil se juntar ao grupo de 54 outros países que já possuem drones de ataque, segundo um levantamento do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS, na sigla em inglês).
Na América Latina, somente a Venezuela possui drone de combate – o Mohajer, um dos modelos fabricados pelo Irã, que está entre os maiores países fornecedores desse tipo de equipamento.
Saiba mais: Mais de 50 países possuem drones de combate, aponta estudo
O Brasil pretende ter um modelo de drone de combate até novembro de 2027, conforme informado pelo Exército em nota ao g1. Será feita uma adaptação do Nauru 1000c em parceria com duas empresas, e ela deve ser testada a partir deste ano até ser incluída no arsenal da força.
Equipamento localiza tropas e bases de oponentes
Professor do Departamento de Estudos Estratégicos e Relações Internacionais da Universidade Federal Fluminense (UFF) e pesquisador da Universidade de Harvard, Vitelio Brustolin ressalta a utilidade dos modelos de ataque.
“Atualmente, há desenvolvimentos acelerados para drones de reconhecimento, cuja principal função é explorar a localização das tropas e depósitos oponentes, permitindo que tanto a artilharia quanto os sistemas de mísseis atinjam os alvos com maior precisão. Nesse caso, o tamanho reduzido tem vantagens e pode evitar o reconhecimento e o abate do drone”, afirma.
Todos os 7 drones utilizados pelas Forças Armadas brasileiras, por exemplo, podem funcionar para orientar as aeronaves de combate sobre alvos – a chamada condução de tiro.
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Gunther Rudzit, professor de Relações Internacionais da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) afirma, entretanto, que o Brasil está ficando para atrás na era dos drones de combate.
Para o especialista, o país tem, inclusive, empresas nacionais com capacidade de desenvolver drones de combate – o Nauru 1000C, que pode ser adaptado para transportar mísseis, é feito pela XMobots.
O especialista afirma, entretanto, que falta apoio e direcionamento do Estado.
“Enquanto nós não tivermos efetivamente uma reforma das forças armadas brasileiras, onde você tem a destinação concreta de uma porcentagem do orçamento para aquisição de novos equipamentos, a indústria não vai para frente. Já que os militares estão falando tanto que precisamos de 2% do PIB para tudo funcionar direito, padrão OTAN. Tem o seguinte: 2% do PIB, mas há uma limitação do quanto se gasta em folha de pagamento para ter no mínimo 30% do orçamento para novas aquisições. Então, aumentar o nosso orçamento sem uma reforma não vai sustentar isso”, diz.
Veja mais detalhes sobre os drones dos militares brasileiros:
Hermes-900 / ✈️ FAB
Drone Hermes RQ-900 da Força Aérea Brasileira.
Arte/g1
Autonomia: 36 horas
Altitude máxima: 9.144 m
Velocidade máxima: 220 km/h
Peso: 1.100 quilos
Altura: 3 m
Comprimento: 8,3 metros
Envergadura: 15 metros
Fabricação: Israel
Hermes 900, drone da Força Aérea Brasileira
FAB
Heron-1/ ✈️ FAB
Drone Heron 1, da Força Aérea Brasileira.
Arte/g1
Autonomia: 45 horas
Altitude máxima: 9.144m
Velocidade máxima: 259 km/h
Peso: 1.270 quilos
Comprimento: 8,5 m
Envergadura: 16,6m
Fabricação: Israel
Drone Heron 1, da Força Aérea Brasileira
Reprodução
ScanEagle / 🛥️ Marinha
Drone Scaneagle, da Marinha do Brasil
Arte/g1
Autonomia: 20 horas
Altitude máxima: 5.943 m
Velocidade máxima: 148 km/h
Peso: 23,4 kg
Comprimento: 1,67 m
Envergadura: 3,1 m
Fabricação: Estados Unidos
Drone da Marinha RQ1 – Scan Eagle
Marinha do Brasil
Hórus FT-100 / 🛥️ Marinha
Drone Hórus FT-100, da Marinha brasileira.
Marinha do Brasil
Autonomia: 40 minutos
Altitude máxima: 1.219 m
Alcance: 7,5 km
Velocidade máxima: 61 km/h
Peso: 6 kg
Comprimento: 1,9 m
Envergadura: 2,71 m
Fabricação: Brasil
Drone FT-100 da Marinha
Marinha do Brasil

Nauru 1.000 C / 🪖 Exército
Drone Nauru 1000C, de fabricação nacional.
Arte/g1
Autonomia: 10 horas
Altitude máxima: 3.048 m
Alcance: 60 km
Velocidade máxima: 112 km/h
Peso: 150 kg
Comprimento: 2,9 metros
Envergadura: 7,7 metros
Altura: 0,98 metros
Fabricação: Brasil
Drone do Exército modelo Nauru 1.000 C
Exército Brasileiro
DJI Matrice 300 / 🪖 Exército
Detalhes do DJI Matrice
Arte/g1
Autonomia: 55 minutos
Altitude máxima: até 7.000 m
Alcance: 15 km
Velocidade máxima: 83 km/h
Peso: 6,3 kg
Comprimento: 43 cm
Envergadura: 81,0 cm
Altura: 67 cm
Fabricação: China
Drone modelo DJI MATRICE 300 do Exército brasileiro
Divulgação
DJI Mavic / 🪖 Exército
Especificações do drone DJI Mavic
Arte/g1
Autonomia: 43 minutos
Altitude máxima: 6.000 m
Alcance: 32 km
Velocidade máxima: 54 km/h
Peso: 951 g
Comprimento: 34,7 cm
Envergadura: 28,3 cm
Altura: 13,9 cm metros
Fabricação: China
Drone modelo DJI Mavic usado pelo Exército Brasileiro
Divulgação

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