7 coisas sobre a sua vida que você nunca deve contar a ninguém, segundo a filosofia estoica

A filosofia estoica convida você a olhar para dentro em busca de sabedoria e força, em vez de buscar constantemente validação do mundo.

Os estoicos, como Marco Aurélio, Sêneca e Epicteto acreditavam que podemos proteger a nossa paz interior escolhendo sabiamente o que compartilhar e o que proteger. Mas há coisas na sua vida que você nunca deve contar a ninguém.

Se você sentiu o desejo de compartilhar demais, os princípios estoicos oferecem um lembrete amigável de que às vezes o que mantemos escondido é tão importante quanto o que mostramos ao mundo.

na foto, aparece um homem falando o que você nunca deve contar a ninguém

Homem em conversa com a colega de trabalho – Foto: Reprodução

7 passos que você nunca deve contar a ninguém

1) Seus objetivos e ambições de longo prazo

Apesar de ser tentador falar sobre os planos de nossa vida, vivemos em uma época em que estamos acostumados a postar tudo que fazemos na internet. No entanto, a sabedoria estoica sugere o contrário. Marco Aurélio, em suas meditações, escreveu:

“Não perca mais tempo discutindo sobre o que um bom homem deveria ser. Seja um.”

Ele não disse: “Conte a todos seu plano de cinco anos”. Em vez disso, ele nos lembrou que ações falam mais alto que palavras. Muitas vezes, quando compartilhamos objetivos com muitas pessoas é possível ficar sobrecarregado por opiniões.

Os estoicos ensinam a deixar as ações falarem. Ao manter as coisas que você nunca deve contar para ninguém em segredo, preserva-se energia para persegui-las.

Transmitir seus objetivos, pode deixar você vulnerável a julgamentos externos ou distrações que podem afastá-lo de seu verdadeiro objetivo.

2) Suas lutas e feridas pessoais

Outro fator que você nunca deve contar a ninguém é quando você se torna vulnerável. Assim, você nunca deve contar a ninguém seus segredos mais profundos.

Em suas Cartas de um Estoico, Sêneca nos aconselha a “associar-se com aqueles que farão de você um homem melhor”. Assim, seja intencional sobre os círculos onde você compartilha suas batalhas pessoais.

Existe uma diferença entre buscar apoio de um amigo ou terapeuta de confiança e abrir seu coração em um fórum público. Esse último fator pode fazer com que você se sinta exposto.

Os estoicos diriam: teste seus confidentes como você testaria metais preciosos. Nem todo mundo em sua vida precisa saber o que está pesando sobre você. Escolha com cuidado.

3) Suas ações generosas

Em um mundo onde boas ações podem ser transformadas em postagens na internet, as ações generosas que você tem é algo que você nunca deve contar a ninguém.

Em seus discursos , Epicteto nos lembra: “Não diga apenas que leu livros. Mostre que através deles você aprendeu a pensar melhor, a ser uma pessoa mais discriminadora e reflexiva.”

Quando compartilhamos nossas boas ações, pode começar a parecer menos sobre a ação e mais sobre nós. Uma doação sutil ou ajuda anônima mantém o foco no ato de gentileza em si.

Os estoicos acreditavam que a virtude é sua própria recompensa. Se estivermos realmente vivendo virtuosamente, não precisaremos dessa validação externa.

4) Opiniões negativas de outros

É natural fofocar de vez em quando, mas os estoicos alertavam contra a fixação nas falhas ou erros dos outros. Marco Aurélio colocou perfeitamente:

“Sempre que você estiver prestes a encontrar falhas em alguém, pergunte-se o seguinte: Qual das minhas falhas mais se assemelha àquela que estou prestes a criticar?”

na foto, aparece um homem sentado ouvindo uma mulher sobre o que ela nunca deve contar a ninguém

Mulher escuta homem durante conversa sobre trabalho – Foto: Freepik/ND

Criticar os outros geralmente gera uma atmosfera de negatividade e desviar nosso foco do nosso próprio crescimento. Em vez disso, guarde as opiniões negativas sobre os outros para si próprio.

Ou melhor, transforme-as aprendendo uma lição sobre seu comportamento. Caso algo sobre outra pessoa for realmente problemático, aborde-o gentilmente e diretamente.

Se não for, recue e use a energia mental extra para trabalhar para melhorar a si mesmo.

5) Sua turbulência interna sobre o passado

Outro fato que você nunca deve contar para ninguém são os arrependimentos e sua turbulência interna sobre o passado. De forma constante, eles costumam ser repassados e comentados com muita frequência.

Porém, os estoicos nos lembram de permanecer ancorados no presente. Sêneca disse:

“Sofremos mais frequentemente na imaginação do que na realidade.”

Ao compartilhar seus arrependimentos com muita frequência pode mantê-lo preso a eles, especialmente caso você busque segurança ou pena.

A abordagem estoica é aceitar o que é feito, aprender com isso e seguir em frente.

Não tem problema ser honesto sobre suas experiências passadas com um amigo ou terapeuta de confiança, mas deixar que isso o defina em cada conversa pode impedi-lo de viver plenamente o agora. Concentre-se no crescimento, não nas repetições dolorosas.

6) Seus ressentimentos e rancores

O ressentimento é como um balão cheio de ar tóxico. Quanto mais você o segura, mais perto ele fica de estourar na sua cara. O ressentimento é como esse balão. Os estoicos defendem o perdão e o redirecionamento de energia para algo construtivo.

Epicteto ensina: “Não é o que acontece com você, mas como você reage a isso que importa.”

Este é um conselho clássico dos estoicos. Guardar rancor é dar às ações de outra pessoa residência permanente em sua mente.

na foto aparece uma mulher com amigos contando o que você nunca deve contar a ninguém

Mulher conta segredos aos amigos durante conversa – Foto: Reprodução/ND

Logo, em vez de transmitir seus rancores, pratique deixá-los ir. Isso não significa que você aceita tratamento ruim. Significa apenas que você não deixa que isso defina seu presente e futuro.

O estoicismo aponta para a autogovernança: você não pode controlar os outros, mas tem total comando sobre como escolhe se sentir e responder.

7) Orgulho que você tem em suas realizações

Um outro fator que você nunca deve contar a ninguém é o orgulho que você tem em suas realizações. Os estoicos nos alertam sobre deixar o orgulho ofuscar a humildade.

Marco Aurélio escreveu uma vez:

“Não aja como se fosse viver dez mil anos. A morte paira sobre você. Enquanto viver, enquanto estiver em seu poder, seja bom.”

Esse é um chamado para permanecer humilde e focado no que realmente importa. A vida é finita, e a busca constante por direitos de se gabar pode atrapalhar o autoaperfeiçoamento genuíno.

Os estoicos sugerem que derivamos autoestima das qualidades de nosso caráter, não apenas do resultado de um único sucesso.

O orgulho pode se transformar em complacência. Aproveite suas conquistas em silêncio e continue trabalhando. Esse senso de confiança silenciosa fala mais alto do que a ostentação sem fim.

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