
Pelo menos 15 pessoas morreram e mil permanecem deslocadas após a tempestade que atingiu a cidade portuária argentina de Bahía Blanca na sexta-feira (7), confirmou o prefeito da cidade, Federico Susbielles, neste domingo (9).
As autoridades também receberam mais de 100 denúncias de pessoas desaparecidas após as enchentes.
O presidente argentino Javier Milei vai decretar luto oficial de três dias pelas mortes, informou seu gabinete na noite de domingo, sem especificar quando o período começaria.
Chuva histórica
As enchentes, que transformaram ruas inteiras em rios, foram provocadas pela precipitação de chuva equivalente a um ano que atingiu Bahía Blanca, província de Buenos Aires, em cerca de cinco horas — cerca de 400 milímetros.
Entre os desaparecidos, destaque para duas meninas, de um e cinco anos, que foram levadas pela corrente e causaram comoção no país. O ministro da segurança provincial Javier Alonso confirmou o desaparecimento delas no domingo, dizendo que as irmãs subiram no teto de uma van com a mãe para escapar da elevação das águas quando uma onda as levou embora. A mãe delas foi resgatada.
Mergulhadores continuavam vasculhando a área, onde ainda havia mais de um metro de água, disse Alonso à uma rádio local.
Prejuízos
O prefeito de Bahía Blanca disse em uma entrevista coletiva que a enchente causou US$ 400 milhões (R$ 2,3 bilhões) em danos à infraestrutura. “Hoje precisamos (de ajuda) mais do que nunca”, disse.
O governo do país autorizou um auxílio emergencial de 10 bilhões de pesos (cerca de R$ 53,3 milhões) para a reconstrução.