Padre e até Chapolin: polícia adentra no Carnaval fantasiada

Policiais disfarçados de foliões atuaram no pré-carnaval de São Paulo Reprodução/Polícia Civil

O Carnaval tem contado com esquemas de segurança para garantir que as festas ao redor do Brasil ocorram de forma pacífica. Para isso, os polícias e as forças de segurança têm usado estratégias para combater os criminosos.

Em São Paulo, por exemplo, os agentes estão “aproveitando a folia” e indo fantasiados no meio dos blocos.

“Não contava com a minha astúcia”

Policiais civis capturaram suspeito em bloco de CarnavalDivulgação/SSP

Os Policiais Civis aparecem  fantasiados de personagens populares. Chapolin, padre, palhaço e até Power Rangers foram algumas das características adotadas para se misturar à multidão e flagrar criminosos em ação.

Nesta segunda-feira (3), policiais prenderam um suspeito de roubo de celulares. A prisão foi realizada de maneira inusitada, com os agentes disfarçados de personagens da Nintendo, como Mario, Luigi e Yoshi, em um bloco de Carnaval na capital paulista.

No sábado de Carnaval, uma equipe de policiais vestidos de Power Rangers prendeu um homem com sete celulares roubados na região do Parque Ibirapuera. O suspeito estava acompanhado de um comparsa, que conseguiu fugir. Durante a investigação, os agentes descobriram que ele fazia parte de uma quadrilha especializada em furtos durante o Carnaval e conseguiram localizar o esconderijo do grupo, onde apreenderam mais quatro celulares e R$ 5 mil em espécie.

Policiais civis se vestiram com roupas dos personagens da franquia Mario BrosReprodução/X

Já no Pré-Carnaval, dois policiais, fantasiados de Chapolin Colorado e padre, atuaram na Consolação, região central da capital paulista; A ação prendeu um homem de 34 anos com seis telefones celulares. Dois foram devolvidos aos donos. Nas imagens, divulgadas pela Polícia, também é possível ver agentes vestidos com a roupa da série “La Casa de Papel” e outro como uma touca de pikachu (personagem do Pokemon).

A estratégia de disfarces não é novidade para a Polícia Civil de São Paulo, que desde 2024 adota essa tática em blocos carnavalescos para coibir crimes. O método já mostrou resultados expressivos: os furtos e roubos de celulares no pré-Carnaval de 2025 caíram 62% em relação ao ano anterior.

Fantasia no Piauí

No Piauí, a tática de policiais civis se fantasiarem também foi utilizada, com agentes se vestindo como os personagens de “La Casa de Papel” para prender suspeitos no litoral do estado.

Operações disfarçadas no Peru

Policial se disfarça de Capivara em Lima (Peru)Entrevue.FR/Reprodução

Mas a criatividade na infiltração policial não é exclusividade brasileira. No Peru, as forças de segurança levaram a estratégia a um novo nível ao realizar operações com agentes fantasiados de personagens icônicos.

Em uma operação contra o tráfico de drogas em Lurin, um policial disfarçado de capivara conseguiu despistar um traficante e facilitar sua captura. A abordagem, gravada e divulgada nas redes sociais da Polícia Nacional, viralizou rapidamente.

A tática peruana já foi aplicada em diversas situações. Em dezembro de 2024, um agente vestido de Grinch liderou uma incursão para capturar uma quadrilha de microtraficantes. No mês seguinte, no Dia de São Valentim, um policial disfarçado de ursinho de pelúcia atraiu duas suspeitas com um falso presente romântico e ajudou a efetuar a prisão. Outras operações incluíram policiais vestidos de super-heróis e até do Papai Noel, sempre utilizando a surpresa como aliada.

Essas estratégias inusitadas têm um duplo efeito: além de pegarem criminosos desprevenidos, ajudam a reforçar a imagem das forças de segurança junto à população. O impacto midiático dessas operações também serve como um aviso para os infratores de que a polícia está atenta e preparada para atuar de maneira criativa e eficiente no combate ao crime.

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