
Contando com Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul como países fundadores, o BRICS é um dos grupos de cooperação entre nações mais consolidados na economia mundial, impulsionando o crescimento de seus países comercial e politicamente.

Brics conta com cinco novos membros além de sua formação original – Foto: RIcardo Stuckert/PR
Atualmente com 10 membros, a partir da adesão de Egito, Irã, Emirados Árabes, Etiópia e Arábia Saudita, o bloco propõe iniciativas de colaboração em transações econômicas, trocas de conhecimento e tecnologias, investimentos e discussões pertinentes em busca de um mundo multipolar.
O que é BRICS?
Antes de ser um grupo econômico, o BRICS era um conceito para abranger as economias emergentes.
Em 2001, o economista britânica Jim O’Neill, nomeou o grupo desses países como BRIC, sendo eles na época Brasil, Rússia, Índia e China.
Segundo o especialista, tais nações seriam o motor do desenvolvimento econômico no futuro, por sua capacidade de produção e exportação de produtos e tecnologias.
Em 2006, representantes desses países passaram a se reunir, para discutir o futuro dessa parceria e benefícios que seriam possíveis a partir dessa interação.
Anos mais tarde, em 2009, aconteceu a primeira cúpula do BRIC, na Rússia, estabelecendo, a partir desse momento, a cooperação mais consolidada entre os países-membros.
No ano seguinte (2010), a África do Sul foi convidada a se juntar ao grupo, transformando o BRIC em BRICS.
A entrada do país consolidou a presença do bloco em todos os continentes e fortaleceu sua posição como uma coalizão de nações emergentes que buscavam maior influência no cenário global.

O BRICS é uma cooperação global entre Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – Foto: Reprodução/ND
O que significa o nome BRICS?
A sigla que dá nome ao bloco cooperativo é relativa às iniciais dos países membros do grupo, na língua inglesa. Logo, o nome é um acrônimo de:
- Brasil
- Rússia
- Índia
- China
- South Africa (África do Sul)
Dados econômicos atuais do BRICS
Com a adesão de novos países ao grupo (Emirados Árabes Unidos, Irã, Egito, Arábia Saudita e Etiópia), o BRICS concentra 40% da população mundial e 37% do PIB global, segundo o FMI (Fundo Monetário Internacional).
Esse número já supera o impacto da União Europeia, que detém cerca de 30% da economia do mundo.
Isso sem falar que o grupo concentra 44% das reservas de petróleo e 53% das reservas de gás natural do planeta, fortalecendo ainda mais a presença dessas nações nas discussões econômicas e sociais que envolvem o planeta.
Outro fator relevante é o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), criado em 2015, que financia projetos de infraestrutura nos países-membros e em outras nações emergentes, consolidando a influência econômica do bloco.
Objetivos do BRICS
Com maior relevância no cenário geopolítico e econômico universal, o BRICS tem ao seu favor o crescimento acelerado de países como China e Índia, aumentando a influência do bloco, se fortalecendo diante de potências como EUA e União Europeia.
Somado a isso, o BRICS cumpre um papel estratégico na diversificação das relações comerciais, promovendo acordos entre os países-membros e ampliando suas parcerias com outras economias.
Atualmente as principais metas do BRICS está o fomento do crescimento econômico dos países-membros, o fortalecimento das moedas nacionais nas transações comerciais, o estímulo a cooperação financeira e a redução da dependência do dólar e do Banco Mundial.

O Brics pretende aumentar o uso de moedas locais ao invés do dólar – Foto: Pexels/ND
Politicamente, o grupo busca garantir mais espaço em organizações globais, como ONU (Organização das Nações Unidas) e G20, se tornando influentes em pautas necessárias a serem discutidas, trazendo implementos para as nações participantes.