Mucha Lucha reúne foliões para tradição de luta livre mexicana em torno de ringue em pleno Alto da Sé, em Olinda


Bloco concentra nos domingos de carnaval, há 18 edições, mas nunca sai. ‘Confusão’ entre Super-Homem e lutadores mascarados reúne multidão em Olinda
Leonardo Caldas/g1
Um ringue no Alto da Sé, com lutadores “mexicanos”. A cena pode parecer inusitada, mas é exatamente isso o que acontece em Olinda durante o bloco Mucha Lucha. Na sua 18ª edição este ano, o bloco reúne lutadores dispostos a se enfrentar com uma única regra: lutar até o final. Outro detalhe peculiar da agremiação é que ela não sai (veja vídeo abaixo).
Mascarados em ringue no bloco ‘Mucha Lucha’, em Olinda
Daniela Koury e sua família acompanham o bloco há seis anos. “A gente vem porque o Mucha Lucha reúne essa irreverência de juntar a cultura mexicana, mas trazendo para o formato da diversão que é o carnaval de Olinda”, conta.
FOTOS: Super-heróis, lutadores mascarados e vilões agitam Olinda
A família, que aproveita a brincadeira com máscaras originais do México trazidas por uma amiga que viajou para lá, tem o futuro do bloco entre eles. Tom Koury, com 10 anos, já foi a quatro edições e conta que, no futuro, quer lutar. “Hoje eu não vou lutar, mas quando eu crescer, quero”, diz ele.
Daniela Koury leva família para acompanhar bloco Mucha Lucha, em Olinda
Mariane Monteiro/g1
O bloco, onde a regra é lutar até o final, tem até juiz para organizar a brincadeira. “Há 15 anos participo do bloco. Antes, eu era lutador, mas estava virando uma bagunça, então me autopromovi para organizar”, contou o folião, que não saiu da caracterização e se intitula “juiz”.
Para quem veio acompanhar o Enquanto Isso na Sala da Justiça, encontrar o Mucha Lucha foi uma grata surpresa. A família de Fernanda Martins e Wagner Pontes, moradores de Olinda, reuniu os filhos Matheus e João, e, ao verem o ringue, pararam para acompanhar.
Rinque do Mucha Lucha tem até juiz
Mariane Monteiro/g1
“Eu gosto de acompanhar luta livre e quis ver”, conta o filho de 6 anos, Matheus, que gosta de assistir campeonatos oficiais pela TV e confessa ter ficado com vontade de lutar.
“A gente vem aproveitando o carnaval em horários e blocos mais tranquilos. Trazemos eles [os filhos] e depois voltamos pra casa”, detalhou o pai.
Fernanda Martins e Wagner Pontes, com os filhos, adoraram encontrar um ‘rinque’ no Alto da Sé
Mariane Monteiro/g1
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