Pessoas foram nos arreadores da casa da cantora para celebrar a memória da rainha do rock diante do castelo perto do lago Zurique, onde ela morou por 30 anos. Artistas e fãs lamentam a morte da cantora Tina Turner aos 83 anos
“Alguém assim deveria viver para sempre”, afirmou uma das vizinhas Tina Turner depois de depositar flores nesta quinta-feira (25) diante da residência da lenda da música na Suíça. Barbara Burkhalter é uma das muitas pessoas que se aproximaram para homenagear a memória da rainha do rock diante do castelo perto do lago Zurique, onde ela morou por 30 anos.
A morte de Tina Turner na quarta-feira, aos 83 anos, provocou uma longa lista de homenagens de líderes mundiais e outros ícones da música, mas também dos vizinhos da cantora no bairro exclusivo de Küsnacht, onde a estrela pagava pelas decorações de Natal.
“Eu trouxe flores e um pequeno cartão. Eu realmente tinha que vir”, disse Burkhalter, 69 anos. “Não ouvimos mais sua voz, mas continua dentro do meu coração”.
“Na terça-feira, eu vi que o jardim estava com as luzes apagadas, o que é incomum”, acrescentou a vizinha. “Estava completamente escuro”. “Ela era a minha favorita de todas. Eu moro a apenas quatro minutos daqui. Eu a vi muitas vezes quando fazia compras. Nós amávamos que ela estivesse aqui, mas nunca a incomodamos”.
Vizinhos e fãs deixam presentes na frente da casa de Tina Turner
Denis Balibouse/Reuters
Os vizinhos deixaram flores, velas, cartões e mensagens diante do portão de ferro da residência da estrela americana. Além de sua música e da presença de palco incomparável, a história de superação de violência doméstica de Tina Turner emociona muitas mulheres ao redor do planeta.
Guia Greaves, uma fã, afirmou que os moradores do bairro a consideravam uma pessoa gentil e uma boa vizinha, discreta e modesta, que se esforçou para aprender alemão e contribuir para a comunidade.
“Ela pagava por todas as decorações de Natal”, disse a vizinha à agência France Presse. “Não sei quantas vezes passei por aqui enquanto ouvia as canções dela e gritava ‘Hey, Tina!”.
“E eu realmente admiro o que ela simbolizava para a violência doméstica: a forma como ela floresceu sem ódio”, acrescentou. “Agora nós temos o tesouro que é a música dela e temos que continuar ouvindo”.
‘Ela era tão forte’
Tina Turner se mudou para a Suíça em 1995 com seu companheiro, o alemão Erwin Bach, 67 anos. Em 2013, três meses depois do casamento com Bach e de receber o passaporte suíço, Turner renunciou à cidadania americana. O casal alugou o ‘Chateau Algonquin’ por muito tempo devido às restrições para que estrangeiros adquiram propriedades na Suíça.
Os jardins têm cercas-vivas, uma espécie de muro formado por arbustos, imaculadamente tratadas e enormes arbustos coloridos em tons de rosa e azul, além de abetos que protegem a vista da casa de três andares. Jerika Seiler, 48 anos, parou diante da residência para acender uma “vela por sua alma”.
A estilista disse que encontrou Tina Turner diversas vezes em restaurantes da vizinhança nos últimos 20 anos. Uma vez, quando dirigia para seu castelo, “ela abaixou a janela, disse ‘oi’ e sorriu. Eu gritei de felicidade”, recorda.
“Eu fui a três shows. Comecei a ler o livro dela há alguns anos e sempre choro quando assisto o filme”, conta”. “Ela era tão forte. A mensagem dela para a vida, vou sentir falta. Ela era ótima em todos os sentidos. Ela sempre será ‘simplesmente a melhor'”, completa Seiler, com uma citação a um dos grandes sucessos da carreira de Tina Turner, “Simply the best”.
Vizinhos de Tina Turner lamentam a morte da cantora: ‘Amávamos que ela estivesse aqui’
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