Pesquisa do Procon aponta variação de até 100% nos preços de materiais escolares em Bauru; veja dicas para economizar


Borracha lidera o ranking de variação de preços, sendo encontrada por R$ 0,75 em um estabelecimento e por R$ 1,50 em outro. Levantamento do Procon mostra variação de até 100% nos preços de materiais escolares em Bauru
Reprodução/TV TEM
Uma pesquisa divulgada pelo Procon de Bauru (SP) revela que os preços de materiais escolares podem ter variações de até 100% entre as papelarias da cidade. A pesquisa avaliou os valores de 56 itens dos mesmos modelos e marcas em cinco estabelecimentos diferentes.
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Segundo o levantamento, a borracha lidera o ranking de variação de preços, sendo encontrada por R$ 0,75 em um estabelecimento e por R$ 1,50 em outro, representando uma diferença exata de 100%.
Em seguida, aparece o apontador, com variação superior a 80%, enquanto o papel sulfite teve uma diferença de preço de até 70% entre os estabelecimentos analisados.
Em entrevista à TV TEM, a coordenadora do Procon da cidade, Sílvia Mondejar Piche, explicou que, diante desse cenário, a melhor alternativa é fazer pesquisa de preços antes de efetivar a compra, além de tentar reaproveitar materiais dos anos anteriores que estejam em boas condições de uso.
“Além de pesquisar antes de ir às compras, os pais devem olhar em casa se eles têm algum material escolar do ano passado que possa ser reutilizado. Também podem promover a troca de livro didático entre alunos da mesma escola de diferentes turmas. Tem fornecedores que também concedem grandes descontos se a compra for coletiva, em grandes quantidades. Então, podem juntar um grupo de pais para fazer uma compra mais econômica”, sugere a coordenadora.
Outro ponto que Sílvia pede atenção dos pais é em relação à lista de materiais da escola. Segundo ela, pode conter irregularidades, como o pedido de aquisição de materiais coletivos de higiene e escritório, que não serão de uso dos alunos.
“Materiais de uso coletivo são considerados abusivos pelo Procon, a escola não pode exigir. Como, por exemplo, materiais para escritório ou de higiene e limpeza”, finaliza.
Alta nos preços do material escolar leva famílias a reaproveitar itens antigos
Famílias buscam alternativas
A servidora pública Laura Rodrigues Cunha Lima é mãe de Guilherme, de 11 anos, aluno de uma escola particular de Bauru.
A alternativa encontrada por ela para reduzir os gastos com materiais escolares foi comprar livros didáticos por meio de um grupo de trocas nas redes sociais. Ela e o filho se revezam para apagar o que está escrito nos livros a lápis para que sejam reutilizados.
“Não fica muito cansativo, porque dividimos as tarefas: fazemos um pouco hoje, outro pouco amanhã, e, às vezes, dedicamos mais tempo à noite, encaixando na nossa rotina. E ele participa de todo o processo. Muitas vezes, ele até acorda antes de mim e já diz: ‘Mãe, já apaguei mais um pouco'”, conta Laura.
Levantamento do Procon mostra variação de até 100% nos preços de materiais escolares em Bauru
Reprodução/TV TEM
Por outro lado, a agente escolar Vanessa Rodrigues de Oliveira resolveu deixar o filho, de sete anos, em casa durante a compra dos materiais para evitar gastos excessivos. Apesar disso, ela explica que, desde cedo, já ensina o menino sobre economia doméstica.
“Ele entende bem a importância de economizar. Lá em casa, brincamos que sempre procuramos pelas etiquetas vermelhas, focando nos itens promocionais. Algumas coisas escolhemos de qualidade um pouco melhor, especialmente o que precisa durar o ano inteiro. Já os itens que, normalmente, precisam ser repostos ao longo do ano preferimos opções mais em conta”, finaliza.
Pesquisa do Procon revela variação de preços de material escolar em Bauru
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