Anitta liga o batidão carioca ao pop urbano globalizado em ‘Funk generation – A favela love story’


Músicas inéditas ‘Casi casi’ e ‘Used to be’ reforçam a imagem projetada pela ‘Girl from Rio’ no mundo com o single anterior ‘Funk rave’, também incluído no atual pacote da artista. Capa de ‘Funk generation – A favela love story’, disco de Anitta
Divulgação
Resenha de disco
Título: Funk generation – A favela love story
Artista: Anitta
Edição: Republic Records / Universal Music / Floresta Records
Cotação: ★ ★ ★ 1/2
♪ Ao lançar Funk generation – A favela love story, disco com duas músicas inéditas e com a já conhecida Funk rave, Anitta afirma que exaltar a cultura brasileira é uma das “missões” da artista na carreira internacional pavimentada desde 2016.
A girl from Rio alude mais precisamente à cultura do batidão funk que impera nas comunidades cariocas e fluminenses desde fins dos anos 1980 e que vem sofrendo mutações sem perder a supremacia nas favelas.
É nessa imagem de brasileira universal que Anitta investe desde que migrou da gravadora Warner Music para a Republic Records.
Quando lançou Funk rave (Anitta, Diplo, Gabriel do Borel, Márcio Arantes e Nathalie Redondo, 2023) em single posto no mundo em 22 de junho, Anitta envolveu o batidão com a aura pop da EDM e o jogou na pista da música eletrônica mais digestiva.
As duas músicas inéditas do atual pacote fonográfico – Casi casi (Anitta, Dj Gabriel do Borel, Márcio Arantes, Nathalie Redondo, Declan Hoy e Luiz Claudio Junior) e Used to be (Anitta, Savan Kotecha, Nathalie Redondo, Rami Yacoub, Dj Gabriel do Borel, Ilya Salmanzadeh e Márcio Arantes) – reforçam a pretendida ligação do funk com o pop urbano em voga no globalizado mercado da música.
Anitta parte do funk nas três faixas, mas o embala para o público gringo. Tanto que Casi casi contabiliza somente quatro versos em português na letra que alterna estrofes em espanhol e em inglês.
Música também bilíngue que mistura versos em inglês e espanhol, Used to be evoca de início a suavidade do funk melody – vertente mais romântica do gênero que projetou nomes como a dupla Claudinho & Buchecha e MC Marcinho na segunda metade da década de 1990 – antes de acelerar a batida em levada que, a rigor, não se distancia tanto dos reggaetons gravados por Anitta em espanhol para o mercado de música latina.
Anitta bate o funk em coquetel pop de sabor planetário. Para tal, a artista arregimentou para a produção musical das três faixas dois nomes do Brasil – o DJ Gabriel do Borel e Márcio Arantes, nome que vem sendo menos evidenciado pela mídia desde Funk rave, mas igualmente presente na ficha técnica das três faixas – sem deixar de recorrer a colaboradores internacionais.
Se Funk rave ganhou forma com a adesão do norte-americano Diplo, Casi casi também tem o dedo do produtor musical canadense Decz enquanto Used to be é faixa formatada com a adesão do produtor musical canadense Ilya, cujo currículo inclui trabalho com Ariana Grande.
Enfim, Anitta continua com um pé no Brasil e o outro no mundo. Resta saber se Funk generation – A favela love story surtirá o efeito global almejado pela artista.
Anitta conta com colaboradores internacionais nas faixas orquestradas com produção musical do DJ Gabriel do Borel e de Márcio Arantes
Gabriela Schmidt / Divulgação

Adicionar aos favoritos o Link permanente.