Obcecados por Barbie, fãs ostentam coleções, decoração de R$ 200 mil e casas cor-de-rosa


Fãs da personagem aproveitam o momento de frensi causado pelo filme para abastecer coleções pessoais e exibi-las nas redes. Bruna Barbie, a paranaense que se baseou na boneca e vive um mundo cor-de-rosa
Os fãs de Barbie têm vivido dias de glória. Graças ao novo filme de Greta Gerwig, que estreia na quinta (20), a patricinha é, há semanas, um dos principais assuntos nas redes e o nome de diversas campanhas publicitárias.
Em meio a esse frenesi rosa-choque, muitos dos obcecados pela personagem aproveitam o momento para abastecer suas coleções da Barbielândia e ostentá-las nas redes.
Veja a seguir alguns dos fãs com quem o g1 conversou.
R$200 mil em casa da Barbie
Conhecida no TikTok por ter uma casa inteirinha cor-de-rosa, a escritora e influenciadora Elisabete Ponte afirma que foram necessários R$200 mil para realizar o sonho de ter uma casa repleta de homenagens à boneca.
O imóvel, erguido em 2020, parece ter saído de um desenho de tão inusitado. Apesar de considerar um valor alto, a influenciadora diz que continua comprando decorações do tema.
Ela conta que só nos últimos dias gastou cerca de 1000 libras (R$6.314) em itens da Barbie, numa viagem à Londres, na Inglaterra.
Algumas das compras de Elisabete Ponte sobre Barbie
Elisabete Ponte
“Estou amando”, afirma ela sobre a explosão de produtos da personagem. “O rosa é a cor da felicidade.”
Barbie brasileira
Mas Ponte não é a única brasileira a ter uma casa nesse estilo. É também o caso de Carolina Peres, conhecida como a Barbie Paranaense.
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Arquivo pessoal
Piscina, carro e até vaso de planta. Tudo no lar de Peres é rosa. “Eu queria me transformar em uma patricinha da vida real”, diz ela, que tem embarcado em algumas publicidades da boneca, como a instalação da Dreamhouse Experience, em São Paulo.
A paranaense afirma ainda fazer parte do time dos ansiosos para o filme.
“Eu amei o trailer, achei bem cor-de-rosa, amei. Amei essa questão de trazer o lado doce, inocente e engraçado, também essa diversidade de aparências, achei muito legal. Estou louca para assistir.”
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Uma prateleira negra
Dona do canal no YouTube “Minhas Bonecas Negras”, Rafaele Breves também se mostra ansiosa para assistir ao longa e diz que suas expectativas são altas, principalmente depois de saber que a obra engloba outras personagens para além da famosa “loira de corpo violão”, que, no filme, é interpretada por de Margot Robbie.
“Já me organizei para ir assistir na estreia porque não quero receber spoiler”, diz ela.
Breves tem mais de cem Barbies negras, incluindo a primeira da história, a Black Barbie, de 1980. Tem também as bonecas Rosa Parks, Maya Angelou e Diana Ross.
Ela conta que, embora tenha brincado de Barbie durante toda sua infância, foi só na fase adulta que começou a coleção, quando ganhou interesse pelas versões negras da personagem, que, na época, já eram mais comuns.
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Rafaele Breves/Divulgação
Cosplay
A influenciadora Paloma Barbiezinha é outra obcecada por Barbies negras. O que a fez viralizar nas redes, no entanto, foi mais uma semelhança da qual ela tenta traçar entre si mesma e a boneca.
Agora, com a estreia do filme chegando, Paloma diz que se prepara para lançar um quadro em seu perfil no Instagram, no qual fará cosplays detalhados de diferentes versões da Barbie.
Pensando nisso, a influenciadora diz querer fazer um conteúdo que seja inclusivo tanto no quesito racial, como também no de gênero. Sua ideia, diz, é mexer com a nostalgia de mulheres e homens.
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“Mesmo quem não é fã, sabe que é ela um brinquedo que marca vidas. Nunca esqueço quando um amigo meu apanhou do pai só porque queria brincar de Barbie”, afirma Paloma. “É para essas pessoas que eu quero ser Barbiezinha.”
Colecionador Barbie
Luiz Filipe de Marchi Brito é um exemplo de alguém diz ter sofrido por gostar de Barbie devido à imposição de estereótipos sexistas.
“Desde criança eu tenho esse anseio de pegar bonecas e brincar com elas, e pentear o cabelo. Mas por ser uma coisa que é negada aos meninos, meu primeiro contato com as bonecas foi quando eu ia na casa de uma amiga, porque lá sim eu era livre para brincar com as bonecas delas e trocar as roupas”, contou ele.
“Depois de implorar muito pra minha mãe, eu consegui ganhar a minha primeira boneca aos dez anos, e aí foi deslanchando.”
Hoje, Luiz faz sucesso no TikTok com vídeos em que mostra sua coleção de 300 bonecas e seu passa-tempo de repaginar Barbies, deixando-as novinhas em folha.
Luiz Filipe de Marchi Brito e sua coleção de bonecas
Viviane Lopes/g1

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