Com programação gratuita, 3° Festival Transamazônico começa nesta terça-feira (25) em Rio Branco


Abertura oficial do evento está marcada para 18h30 com apresentação da artista Saliza no Cine Teatro Recreio. Programação deve apresentar 17 produções audiovisuais em três dias. A 3° edição do Festival Transamazônico será no Cine Teatro Recreio em Rio Branco.
Rose Farias/ Arquivo Pessoal
Com programação gratuita, a 3° edição do Festival Internacional de Cinema LGBTQIAPN+ Transamazônico começa, nesta terça-feira (25), a partir das 16h com a exibição de curtas e longas-metragens no Cine Teatro Recreio em Rio Branco. A abertura oficial do evento está marcada para às 18h30 com apresentação da artista Saliza. (Confira a programação completa abaixo)
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Entre os dias 25 a 27 de fevereiro, o festival deve exibir 17 produções audiovisuais premiadas sobre a comunidade LGBTQIAPN+. Além disso, uma oficina com a atriz e diretora Kika Sena será ofertada no campus da Universidade Federal do Acre (Ufac) na capital acreana. (Conheça a história da atriz abaixo)
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O objetivo do festival é propor um diálogo sobre a presença de profissionais trans e travestis na indústria cinematográfica brasileira e a importância da inclusão e como fortalecer esse protagonismo nas telas.
“Num país com tantos ataques aos direitos LGBTQIAPN+, ele amplifica vozes silenciadas e fortalece a luta por visibilidade e respeito. Queremos crescer como referência do cinema LGBTQIAPN+, ampliar produções amazônicas, investir em oficinas e fortalecer o festival como plataforma de resistência e transformação social”, diz Moisés Alencastro, produtor cultural e organizador do evento.
O Festival Transamazônico é um projeto aprovado pela Lei Paulo Gustavo (LPG), por meio da Fundação Elias Mansour (FEM), com financiamento do governo do Acre e Ministério da Cultura (MinC).
Conheça Kika Sena
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Cedida
Kika Sena é natural de Marechal Deodoro, em Alagoas (AL), mas se apaixonou pelo Acre em 2019, quando veio gravar o filme Noites Alienígenas, e não quis mais ir embora. Ela mora na capital Rio Branco, é casada com uma mulher e tem um filho.
O amor pelo cinema e a arte começou no período escolar de Kika Sena. Ela participou de um grupo de teatro do colégio, se apaixonou e decidiu ser atriz quando terminasse a escola. Com a paixão pelo teatro, decidiu cursar artes cênicas na Universidade de Brasília (UNB). Ela se formou em 2018.
Foi nesse ano que surgiu o teste para encontrar uma atriz trans para o filme Paloma, do diretor Marcelo Gomes. Kika fez o teste e ganhou o papel principal. O longa conta a história de uma mulher trans que trabalha como agricultora no sertão de Pernambuco e sonha em casar na igreja, mas é impedida pelo padre. Persistente, Paloma vai em busca do seu sonho.
“Tive muita sorte, sou uma pessoa de muita sorte no cinema. Sempre encontro pessoas muito generosas, é muito bom você ser uma atriz que está se inserindo no cinema e encontra pessoas generosas. Minha formação, com certeza, ajudou bastante. Cinema e teatro não são coisas que fazemos só. Precisa muito das outras pessoas”, confessou.
Ela fez ainda mestrado na área de teoria e prática das artes cênicas, na Universidade Federal do Acre. É pesquisadora de gênero, sexualidade, raça e classe. Desde 2015, desenvolve estudos relacionados à voz e palavra em performance com cunho político referente ao corpo da mulher “trans” e travesti na cena teatral e social brasileira.
Em 2017, lançou o livro “Periférica”, pela Padê Editorial, antecedido por “Marítima”, publicação independente. Em 2019, publicou o zine “Subterrânea” e dirigiu o espetáculo “Transmitologia” (DF). No ano seguinte, “DesQuite” (AC), numa parceria com As Aguadeiras. Mais recentemente, atuou em “Ovelha Dolly” (AC), dirigido por Sarah Bicha.
Confira a programação completa:
25 de fevereiro (terça-feira)
16h:
Serei a descartada (curta-metragem)
Direção: Ariska Derri
Classificação: 12 anos
16h:
Lembrar que a dor não é o único jeito de existir (curta-metragem)
Direção: Waleff Dias
Classificação: 12 anos
16h:
Seus Lábios (curta-metragem)
Direção: Leonardo Amorim
Classificação: 14 anos
16h:
Quebramar (curta-metragem)
Direção: Cris Lyra
Classificação: 18 anos
18h30:
Cerimônia de abertura e a apresentação artística Saliza
19h:
O Nome (curta-metragem)
Direção: Rose Farias
Classificação: 12 anos
19h:
Paloma (longa-metragem)
Direção: Marcelo Gomes
Classificação: 18 anos
26 de fevereiro (quarta-feira)
14h:
Minicurso com a atriz e roteirista Kika Sena
Local: Universidade Federal do Acre (Ufac)
16h:
Nome sujo (curta-metragem)
Direção: Roraimana
Classificação: 16 anos
16h:
A menina atrás do espelho (curta-metragem)
Direção: Juri Moreno
Classificação: Livre
16h:
Alma do deserto (longa-metragem)
Direção: Mônica Taboada
Classificação: 12 anos
19h:
Bixas Pretas: entre o amor e os afetos (curta-metragem)
Direção: Cris Lyra
Classificação: 18 anos
19h30:
Performance vogue (performance com o grupo Epnesis) e DJ Lily (latinidade, funk e pop)
20h:
Salão de Baile (curta-metragem)
Direção: Cris Lyra
Classificação: 18 anos
27 de fevereiro (quinta-feira)
16h:
Maués: A garça (curta-metragem)
Direção: Isabelle Amsterdam
Classificação: 12 anos
16h:
Se trans for mar (curta-metragem)
Direção: Cibele Appes
Classificação: 14 anos
16h:
Tudo o que você podia ser (longa-metragem)
Direção: Ricardo Alves Jr
Classificação: 12 anos
19h:
Pirenopolynda (curta-metragem)
Direção: Tita Maravilha, Izzi Vitório e Bruno Victor
Classificação: Livre
19h:
Casa de bonecas (curta-metragem)
Direção: Geroge Pedrosa
Classificação: 16 anos
19h:
Salomé (longa-metragem)
Direção: André Antônio
Classificação: 18 anos
21h30:
Cinefest Queer
Local: Casa do Rio
Atrações: Saliza e banda, Dj Lyli e performance vogue
*Estagiária sob supervisão de Yuri Marcel
3° Festival Internacional de Cinema Transamazônico estreia, nesta terça-feira (25), em Rio Branco.
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