Mulher é presa suspeita de manter casa de prostituição e explorar mulheres em área nobre de BH


Suspeita de 55 anos foi detida por exploração sexual de mulheres em condições degradantes; vítimas eram de outro estado e relataram dificuldades para retornar. Marina Prado e Danúbia Quadros, da Delegacia de Plantão Especializada no Atendimento a Mulheres.
Sérgio Leite/TV Globo
Uma mulher de 55 anos foi presa em flagrante, nesta sexta-feira (14), por suspeita de manter uma casa de prostituição e explorar sexualmente diversas mulheres no bairro Cidade Jardim, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte.
De acordo com a delegada Marina Prado, da Delegacia de Plantão Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), apesar de a investigação estar no início, já foram identificados indícios de crimes como manutenção de casa de prostituição e rufianismo (obter lucro, direta ou indiretamente, explorando a prostituição alheia).
As vítimas, que vieram do Amazonas, relataram que foram atraídas para serem prostitutas — atividade que, por si só, não é crime no Brasil. No entanto, elas afirmaram que estavam submetidas a condições degradantes, enfrentando dificuldades com alimentação, vestuário e acomodação.
Além disso, 60% dos valores recebidos pelos programas eram retidos pela proprietária do estabelecimento, o que impedia as vítimas de deixar o prostíbulo e voltar para casa.
A Polícia Militar foi acionada após denúncias de exploração sexual e cárcere privado. No local, a corporação encontrou oito pessoas, sendo sete mulheres e um homem.
Quatro das vítimas confirmaram que estavam sendo mantidas presas e obrigadas a trabalhar como garotas de programa para custear a estadia. Elas descreveram que viviam na casa há quatro meses, impedidas de sair, com alimentação limitada e vestuário escasso.
Durante a abordagem, a suspeita tentou se esconder, mas foi localizada e presa. Ela ficou em silêncio quando foi questionada pelos policiais militares e civis.
A suspeita foi encaminhada ao Presídio de Vespasiano, onde aguarda audiência de custódia. Segundo registros, ela já havia sido indiciada anteriormente por crimes semelhantes aos que estão sendo apurados atualmente.
A investigação continuará sob a responsabilidade da Divisão Especializada em Apuração de Crimes Sexuais da Polícia Civil. Ainda conforme a instituição, há diversos elementos informativos já coletados, incluindo objetos apreendidos e depoimentos colhidos.
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