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Líderes partidários temem que novas investigações da Polícia Federal revelem que o esquema era bem maior e institucionalizado do que o previsto dentro do Legislativo. Placa indica acessos ao Congresso Nacional
Roque de Sá/Agência Senado
A crise das emendas parlamentares se agravou e passou a assustar a nova cúpula do Congresso, diante do risco de novas investigações da Polícia Federal revelarem que o esquema era bem maior e institucionalizado do que o previsto dentro do Legislativo.
Informações apontam que havia um esquema entre intermediários e assessores parlamentares para garantir a apresentação de emendas parlamentares, com a cobrança de uma comissão, no estilo do que foi revelado pela operação desta quinta-feira (14) da Polícia Federal no uso de emendas para um hospital no Rio Grande do Sul.
PF realiza operação contra desvio de emendas parlamentares
Segundo líderes partidários, uma solução para acabar com a crise seria anular todas as emendas de comissão bloqueadas no ano passado pelo Supremo Tribunal Federal, para tentar evitar novas revelações que venham a atingir mais parlamentares.
De acordo com quem acompanha as investigações, havia pelo menos dois esquemas dentro do Legislativo. Um era baseado na ação de intermediários com assessores parlamentares, com anuência ou não do deputado e senador. Outro com empresas responsáveis por obras bancadas por recursos de emendas parlamentares, que repassariam comissão para quem conseguia a liberação dos recursos para prefeituras.
Nesta quinta, o deputado Glauber Braga (Psol-RJ) depôs na Polícia Federal sobre as investigações solicitadas pelo seu partido. Ele acusa a antiga cúpula da Câmara dos Deputados, comandada por Arthur Lyra (PP-AL), de tentar liberar emendas de comissão no final do ano passado sem a deliberação das Comissões temáticas da Casa.
Segundo ele, houve uma manobra para favorecer aliados do ex-presidente da Câmara dos Deputados, desrespeitando uma lista de emendas de comissões que já estava encaminhada, num valor em torno de R$ 4 bilhões. O pagamento dessas emendas foi bloqueado pelo ministro Flávio Dino até que a PF investigue o caso. Líderes defendem, agora, que essas emendas sejam canceladas para tentar evitar que novas investigações sejam abertas pela Polícia Federal.