Um médico cirurgião geral e mastologista é investigado por estupro e importunação contra pacientes e colegas de trabalho em Itabira, cidade de Minas Gerais. A suspeita foi revelada após a denúncia de uma paciente oncológica.
A investigação começou após a denúncia de uma paciente que luta contra o câncer de mama, de 52 anos, que relata um estupro ocorrido em 24 de janeiro.
A denúncia relata que o médico fechou a porta e , sem dizer “boa tarde”, a colocou contra a parede, levantou sua saia e a estuprou. Em seguida, teria pedido que ela saísse pelo corredor lateral para não ser percebida.
Após o estupro, o especialista ainda teria dado a ela uma receita médica e marcado o retorno para 90 dias depois.
O relato policial aponta que a vítima deixou o local atordoada e chegou em casa chorando. Após contar o caso à filha, a família acionou a polícia. Segundo a filha da vítima, a mãe é paciente antiga do mastologista.
Após a denúncia, outras mulheres denunciaram o médico.
“Ele fazia um contato exacerbado, de pegar muito e fazer contato abraçando”, disse uma colega de trabalho do mastologista.
“Começou a fazer o exame e em um determinado momento o dedo dele escapou e passou sobre meu mamilo”, alegou outra paciente.
Oito mulheres já foram ouvidas em denúncia contra o mastologista
Após a denúncia, outras mulheres buscaram a polícia afirmaram terem sido vítimas do mastologista. Segundo o delegado do caso, João Barbosa, oito mulheres já foram ouvidas
“Foram feitos comentários e toques impróprios, algumas relataram que foram agarradas à força, coisas nesse sentido. Chama atenção que, em todos os relatos, o suspeito estava no exercício da profissão”, disse.
Quem é o mastologista suspeito de estupros em MG
O suspeito do crime é o médico Danilo Costa, de 46 anos, especialista em cirurgia geral e mastologia. Ele foi afastado após primeira denúncia e preso na terça-feira (4). O mastologista também teve o passaporte suspenso e sua casa alvo de um mandado de busca e apreensão.
Procurado pelo R7, o advogado Hermes Guerrero informou que não vai comentar sobre o caso por enquanto.
O que diz o hospital e o CRM-MG?
Procurado, Conselho Regional de Medicina do Estado de Minas Gerais disse que “todas as denúncias recebidas, formais e de ofício, são apuradas”. O R7 questionou o órgão se houve alguma denúncia contra o médico e se há alguma investigação em andamento, mas o CRM-MG limitou-se a dizer que “todos os procedimentos abertos correm sob sigilo, conforme previsto no Código de Processo Ético-Profissional”.
O Hospital Nossa Senhora das Dores informou que afastou o médico no dia 27 de janeiro, logo após ser notificado sobre a primeira denúncia. A unidade, que é uma das principais da cidade, também declarou que está colaborando com as investigações e abriu um procedimento administrativo para apurar o caso.
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Denuncie a violência contra a mulher
Toda violência doméstica deve ser denunciada sob a Lei Maria da Penha. Se presenciou ou foi vítima, informe as autoridades. Em Santa Catarina, a denúncia pode ser feita de maneira online na Delegacia de Polícia Virtual da Mulher por este link ou pelo WhatsApp (48) 98844-0011. Na Polícia Militar, usa-se o aplicativo PMSC Cidadão.
Já por telefone, a denúncia pode ser anônima pelos telefones 181 (Polícia Civil), 190 (Polícia Militar) e 180 (Disque Denúncia).