A DJ Ekanta Jake – mãe dos DJs Alok e Bhaskar – é uma das idealizadoras do festival brasileiro de música eletrônica que foi atacado pelo Hamas no sábado (7). Pelo menos 260 pessoas que estavam na festa foram mortas por terroristas. A DJ Ekanta Jake – mãe dos DJs Alok e Bhaskar – em apresentação em festival de música eletrônica.
Reprodução/Instagram
Uma das fundadoras do festival de música eletrônica ‘Universo Paralello’, a DJ Ekanta Jake – mãe dos DJ Alok e Bhaskar – publicou um relato nas redes sociais se dizendo “arrasada” com a notícia de centenas de mortes na festa ocorrida em Israel no último fim de semana.
A rave ocorreu perto da fronteira com a Faixa de Gaza e foi um dos principais alvos dos terroristas do Hamas, que atacaram o país vizinho no sábado (7). Pelo menos 260 mortos foram encontrados na região do festival pelas tropas israelenses.
“Não tenho palavras pra descrever o sentimento de muita dor de ter tantos de nós mortos, sequestrados, torturados. Que tristeza! Que tragédia”, disse Ekanta.
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Postagem nas redes sociais da DJ Ekanta Jake – mãe dos DJ Alok e Bhaskar – sobre os ataques ao festival Universo Paralello em Israel.
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“Estou arrasada com tudo que está acontecendo em Israel. Todas as minhas orações para os desaparecidos, para o povo da região que é vítima dessa guerra e para os familiares que estão enfrentando muita dor neste momento”, escreveu.
Ekanta Jake foi uma das idealizadoras do ‘Universo Paralello’ ao lado do ex-marido, Juarez Petrillo – o DJ Swarup – dono atual do festival.
Ainda hoje ela trabalha na empresa que organiza o evento, sendo responsável pela montagem do line-up e escolha dos artistas que vão participar dos eventos, que geralmente ocorrem no fim do ano na praia de Pratigi, de Ituberá (veja mais abaixo).
A DJ Ekanta Jake – mãe dos DJs Alok e Bhaskar.
Reprodução/Instagram
Após o fim da pandemia, o festival aportou em outros país como México, Espanha e Israel. Nas edições do México e Espanha, a própria Ekanta Jake foi uma das atrações do evento.
“A música sempre me proporcionou momentos incríveis de união, amor, felicidade e positividade. Todas as minhas orações para os desaparecidos, para o povo da região que é vítima dessa guerra e para os familiares que estão enfrentando muita dor neste momento. (…) Na alquimia da tristeza nos cabe a união pela paz e a luta pela dança da Vida”, escreveu a DJ nesta segunda (10), após a divulgação da notícia sobre o massacre terrorista no evento em Israel.
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Nas redes sociais, a organização brasileira do Universo Paralello publicou uma nota sobre o ataque em Israel.
“Estamos profundamente chocados com os últimos acontecimentos em Israel envolvendo ataques simultâneos sem precedentes em diversas regiões do país pelo Hamas. Como muitos de vocês sabem, o evento ‘Tribe of Nova edição Universo Paralello’ estava sendo realizado na região Sul, próximo à Faixa de Gaza no último dia 6, um dos lugares atacados”, diz o comunicado.
“Israel é reconhecida mundialmente por grandes eventos de música eletrônica e o local é conhecido por realizar diversos deles, tendo no dia anterior acontecido um festival com o mesmo perfil no mesmo local.”
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Festa brasileira com marca licenciada
O evento criado pelo pai e a mãe de Alok conta com vários dias de duração, e o público costuma ficar acampado no local, em uma área de camping na praia. Os DJs apresentam vertentes variadas da música eletrônica, como o psytrance.
Segundo a organização da rave brasileira, a marca costuma ser licenciada para outros países, com uma produtora local responsável pela organização e pela contratação dos artistas.
O festival já aconteceu em países como a Índia, em 2015, e na França, em 2016, e entre 2022 e 2023, foram realizadas edições na Argentina, Espanha, Portugal, Tailândia e México. Esta festa foi a festa primeira a acontecer no Oriente Médio e recebeu o nome de Tribe of Nova. Petrillo foi um dos DJs contratados para a edição israelense.
Universo Paralello no Brasil em fotos nas redes sociais
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Em várias declarações nas redes sociais a DJ Ekanta Jake contou que foi a responsável por introduzir o ex-marido no universo da música psytrance, enquanto morava com os dois filhos na Holanda – Alok e Bhaskar, mesmo os dois já estando separados.
Na volta ao Brasil, Ekanta fez a primeira festa com o nome ‘Universo Paralello’, no Rio de Janeiro, em outubro de 1998, que foi mais tarde levada à Goiás pelo ex-marido, em 2000, onde foi organizada na Fazenda Água Fria, na Chapada dos Veadeiros.
“O nome Universo Paralello veio de um amigo nosso, que foi padrinho do nosso casamento: o Silvinho Romano. Ele tinha uma fazenda em Goiás e o sonho dele era criar um festival. Ele tinha um sonho de criar um festival que rolasse música, gastronomia, moda e performance. E esse nome veio dele. Ele faleceu e o Juarez continuou com o nome. E a gente sempre levou esse nome”, contou ao canal Time do Talk.
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‘Estou em choque’
O DJ Swarup filmou o momento em que o festival foi interrompido após o ataque do Hamas, em Israel. O vídeo postado em rede social por ele mostra fumaça no céu e as pessoas se movimentando no local.
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“Estou em choque até agora! E as bombas não param de explodir… depois conto mais detalhes”, escreveu Petrillo.
“Surreal! […] Já estava no palco para tocar. Espiritual demais! Foi a primeira vez que aconteceu isso, nunca uma festa parou assim! Sei nem o que fazer dizer”, escreveu. “Helicópteros!! Explosões. Acabou a luz elétrica!! Bizarro!! Guerra !! Muito triste.”
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