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A Justiça dos Estados Unidos aceitou, nesta segunda-feira (25), o pedido de um promotor especial para arquivar os processos contra Trump, eleito presidente dos Estados Unidos no início de novembro. O político era réu por tentar subverter as eleições de 2020 e, em outro processo, por suspeita de má gestão de documentos confidenciais.
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Juiza Tanya Chutkan arquivou processos contra Trump e lembrou que política interna do Departamento de Justiça o proíbe de prosseguir com acusações criminais contra um presidente em exercício. Trump assume em janeiro – Foto: AFP/ND
O promotor especial Jack Smith recomendou à juíza do tribunal distrital Tanya Chutkan que suspendesse o caso devido à política do Departamento de Justiça de não processar um presidente em exercício.
Dois casos criminais federais ainda pairavam sobre Donald Trump: o processo em que o presidente eleito é réu por tentar subverter as eleições de 2020 e outro por suspeita de má gestão de documentos confidenciais após deixar a Casa Branca no primeiro mandato (2017-2021).
Processos contra Trump são arquivados e presidente eleito comemora
Após a novidade, Trump usou a rede social Truth Social para se manifestar.
“Persisti e, contra todas as probabilidades, ganhei”, declarou o republicano.
Para o porta-voz da transição de Trump, Steve Cheung, a decisão do promotor foi “uma grande vitória para o Estado de direito”.
“O povo americano e o presidente Trump querem um fim imediato à armamentização política do nosso sistema de Justiça e estamos ansiosos para unir nosso país”, afirmou em comunicado.
Processos na Justiça estadual continuam
Como presidente, Donald Trump não terá o poder de interferir nos processos movidos contra ele por autoridades estaduais na Geórgia e em Nova York.
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Trump disse ser inocente em caso envolvendo Stormy Daniels – Foto: Wenig Seth/ Pool/ AFP/ Divulgação/ ND
No entanto, os tribunais nesses casos ainda terão que resolver questões relacionadas à imunidade presidencial.
No início do ano, o presidente eleito foi condenado por um júri de Nova York por 34 acusações de falsificação de registros comerciais para encobrir um pagamento de suborno feito durante a campanha de 2016 para a estrela de filmes adultos Stormy Daniels, que alegou um caso anterior com o presidente eleito. Trump nega o caso.