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Worldcoin inicia operação no Brasil com tecnologia que escaneia a íris para distinguir humanos de bots e combater perfis falsos. Ricardo Macieira, gerente para a Europa da Tools for Humanity, em foto de 1 de agosto de 2023
Reuters/Annegret Hilse
A empresa começa a coletar as íris de brasileiros interessados em dez pontos da cidade de São Paulo. Ainda não há prazo para expandir para outras regiões do Brasil. u
A Worldcoin, projeto criado por Sam Altman, CEO da OpenAI, e Alex Blania, chega ao Brasil nesta quarta-feira (13), com a proposta de escanear a íris da população.
O objetivo do projeto é auxiliar na distinção entre humanos e robôs criados por inteligência artificial. Entre os potenciais usos da inovação estão a prevenção de perfis falsos em sites e redes sociais.
No entanto, as ambições da empresa vão além, e ela afirma que governos ao redor do mundo podem utilizar sua tecnologia em “processos democráticos globais”. A iniciativa também defende que sua ferramenta pode abrir caminho para a criação de uma renda básica universal.
A empresa começa a coletar as íris de brasileiros interessados em dez pontos da cidade de São Paulo. Ainda não há prazo para expandir para outras regiões do Brasil. Questionada pelo g1, a empresa afirmou que os pontos de cadastros estarão espalhados em alguns shoppings da cidade.
Como funciona a coleta da irís
A “foto” da irís da pessoa é tirada com a câmera Orb (veja na imagem acima) é usada para criar um código numérico para identificar cada usuário e, de acordo com a Worldcoin, é apagada logo em seguida.
Segundo a organização, os usuários não precisam compartilhar nome, número de telefone, e-mail nem endereço.
O que é a Worldcoin
A Worldcoin é uma rede de identificação digital, e seus fundadores afirmam que ela vai estimular a inclusão financeira em todo o mundo. A iniciativa alega que o escaneamento de íris é o único meio seguro de determinar a identidade de alguém entre bilhões de pessoas.
“Estamos vivendo uma nova era tecnológica. A inteligência artificial trará muitos benefícios, mas também grandes desafios, especialmente na diferenciação entre robôs e humanos”, analisa Rodrigo Tozzi, gerente de operações da Tools for Humanity, parceira da Worldcoin.
A estrutura da Worldcoin tem três frentes:
World ID, como é chamado o passaporte digital que transforma o registro da íris em uma sequência numérica;
Token Worldcoin (WLD), a criptomoeda que será distribuída como recompensa para todos os inscritos;
World App, o aplicativo que permite fazer transações com a criptomoeda.
Esta reportagem está em atualização.